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VIGÍLIA CIDADÃ É PROPOSTA POR REDE COLABORATIVA CONTRA O ATROPELAMENTO DE ANIMAIS

VIGÍLIA CIDADÃ É PROPOSTA POR REDE COLABORATIVA CONTRA O ATROPELAMENTO DE ANIMAIS Projeto se chama Sistema Urubu e é baseado em um aplicativo que pode ser baixado e usado gratuitamente
Por Equipe Cães&Gatos
Por Equipe Cães&Gatos

Projeto se chama Sistema Urubu e é baseado em um aplicativo que pode ser baixado e usado gratuitamente

A cada segundo, 15 animais silvestres são atropelados nas estradas brasileiras. O cálculo, feito pelo Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas (CBEE, Lavras/MG), representa 1,3 milhão de animais vitimados pelo trânsito diariamente no País, ou 475 milhões por ano.

Buscando produzir um diagnóstico mais detalhado e real dos atropelamentos de animais selvagens no Brasil, o CBEE desenvolveu uma rede colaborativa que registra os incidentes ocorridos no País em um único banco de dados. O projeto se chama Sistema Urubu e é baseado em um aplicativo que pode ser baixado e usado gratuitamente a partir de qualquer smartphone com câmera.

Ao ver um animal atropelado, o usuário tira uma foto e envia o registro para o banco de dados do sistema. As imagens são, depois, examinadas por avaliadores, que fazem a descrição dos animais fotografados. O sistema apelidado de Urubu Web verifica as avaliações e manda os registros para aprovação final. Todos os dados são compilados em estatísticas e incluídos em um mapa interativo, onde é possível visualizar as ocorrências registradas. “Nos perguntamos como podíamos obter dados de diferentes pontos, com registros de qualidade e que isso pudesse ser usado para planejamento e gestão. Foi natural chegar à conclusão de que o celular que está na mão de todos hoje em dia é uma ferramenta de coleta de dados”, conta o coordenador do CBEE e criador do Sistema Urubu, Alex Bager.urubu-map

Objetivo do projeto é obter dados de diferentes pontos, com registros de qualidade para serem usados para planejamento e gestão (Foto: divulgação)

Pequenos animais como anfíbios, pequenos roedores e aves de pequeno porte representam 90% dos atropelamentos. Os de médio porte, como lebres, corujas, gambás e alguns primatas, são 9% dos animais que morrem nas estradas do país. Os de grande porte, como capivaras, tamanduás e lobos guarás compõem uma fatia de 1%. “O Sistema Urubu é a ferramenta necessária para um diagnóstico preciso e a comprovação que faltava que precisamos agir, precisamos dar a devida atenção a este quadro destrutivo”, ressalta o membro da Comissão Nacional de Animais Selvagens, do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CNAS/CFMV, Brasília/DF), Isaac Albuquerque.

Entre os validadores que garantem a confiabilidade dos dados registrados no Sistema Urubu estão médicos-veterinários, biólogos e engenheiros florestais. Os profissionais se registram de acordo com a sua formação, avaliando o tipo de animal que conhecem melhor. “Se os médicos-veterinários que têm uma capacitação maior tiverem condições de contribuir como validadores, seria uma coisa incrível”, ressalta a integrante da Comissão de Ética, Bioética e Bem-estar Animal, do CFMV, Paloma Bosso.

A médica-veterinária também aponta que todos podem colaborar com a rede, independente da área de atuação. “É uma atribuição muito importante do médico-veterinário atuar na proteção da fauna e é muito provável que eles se deparem frequentemente com atropelamentos. Se tivermos um número de profissionais instalando e usando o sistema, maior será a cobertura monitorada”, avalia.

Fonte: CFMV, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.

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