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Inovação e Mercado

2016 FOI ANO DE AÇÕES E RESULTADOS POSITIVOS PARA ENTIDADES DA VETERINÁRIA

2016 FOI ANO DE AÇÕES E RESULTADOS POSITIVOS PARA ENTIDADES DA VETERINÁRIA Reforçar a importância da classe foi meta dos órgãos e entidades
Por Equipe Cães&Gatos
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Por Equipe Cães&Gatos

Reforçar a importância da classe foi meta dos órgãos e entidades

A área de animais de companhia não é uma exceção quando se traça os desafios econômicos vividos no país no ano de 2016. Apesar de algumas quedas registradas neste mercado, quando comparado com anos anteriores, entidades relacionadas à Medicina Veterinária brasileira estão conseguindo driblar situações conflitantes e realizar ações que beneficiam a classe.

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Coordenador da Comac afirma que acompanha Projetos de Lei em tramitação no Congresso e no Senado que interferem no setor (Foto: divulgação)

É o caso da Comissão de Animais de Companhia (Comac), do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal, (Sindan, São Paulo/SP). Como conta o coordenador da entidade, Mauri Moreira, o foco foi desenvolver comunicação também com o público final, ou seja, com os próprios tutores de pequenos animais. “Buscamos integrar as atividades de comunicação com o mercado, de uma forma que atendesse também este público, por meio da criação de redes sociais e intensificação do relacionamento com a imprensa. Além disso, discutimos temas importantes para o desenvolvimento do mercado no País, por meio do relacionamento com órgãos reguladores e instituições propositivas do setor”, diz.

A Comac participou de eventos técnicos com o objetivo de levar aos médicos-veterinários informações de gestão, marketing e de dados de pesquisas realizadas pela Comissão, que podem auxiliar na administração do negócio. “Temos, também, acompanhado Projetos de Lei em tramitação no Congresso e no Senado que interferem no nosso setor e isso também é uma meta a ser continuada em 2017”, afirma Moreira, que, além disso, revela que investimentos em pesquisa de mercado estão entre os planos para o próximo ano, a fim de aprofundar o conhecimento da Comac para melhor apoiar a profissão médico-veterinária.

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Aumento do preço das matérias-primas, que compõem 95% do alimento pet, impacta o custo final, segundo o presidente executivo da Abinpet (Foto: divulgação)

Frisar a importância do setor dentro do Governo também foi um dos trabalhos da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet, São Paulo/SP). De acordo com o presidente executivo, José Edson Galvão de França, destaca-se a presença de forma ativa da Câmara Setorial Pet, órgão vinculado ao Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA, Brasília/DF) durante 2016. “Nosso objetivo é fazer com que os diversos setores do Governo entendam a relevância do setor pet para o agronegócio e, em decorrência, para a economia do País”, declara. Segundo a Associação, o mercado pet faturou em 2015 R$ 18 bilhões, um crescimento de 7,6% em relação a 2014. “Até o fim de 2016 deverá atingir no Brasil um faturamento de R$ 19,2 bilhões”, revela França.

Hoje, o Brasil está quase atingindo a proporção de um animal por duas pessoas e a alimentação adequada dessa população de animais é fundamental, como é a do ser humano, na visão de França. “Enquanto entidade da classe, seguimos em busca do reconhecimento da essencialidade do setor para a economia brasileira e para a saúde pública, já que o pet ajuda no tratamento de diversas doenças como depressão, diabetes, pressão alta, e até mesmo auxilia no bem-estar de crianças hospitalizadas”, declara.

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Presidente do CRMV-SP conta que, em 2017, será lançada a nova campanha sobre guarda responsável (Foto: divulgação)

O profissional expõe que, ao contrário do que tem sido dito, a crise afetou o mercado pet e a Abinpet considera que não há desenvolvimento real, visto que as taxas de crescimento estão menores. “O que mantém o mercado é exatamente o reconhecimento do pet como parte das famílias, então os tutores não deixam de dar banho, tosar, presentear, etc. O que acontece é uma diminuição desses hábitos e, por consequência, há um impacto no faturamento”, avalia e isso está diretamente ligado a mais uma ação da entidade: “Por isso, continuamos tentando convencer os órgãos responsáveis a baixar os nossos impostos, que historicamente são altos.  O aumento do preço das matérias-primas agropecuárias, que compõem 95% do alimento pet, impacta o custo final, atingindo o consumidor. Em cada alimento embalado incidem 51,2% de impostos. Portanto, a cada R$ 1 gasto com alimento completo, R$ 0,51 são de impostos”, explica e frisa que continuarão pleiteando a diminuição de impostos, para que o setor se desenvolva cada vez mais e com sustentabilidade.

Economia x Setor pet. “Em um ano de reviravoltas no cenário político nacional e ajustes econômicos para enfrentar a instabilidade que se abateu sobre o País, a maior preocupação dos clínicos de pequenos animais e empresários do mercado pet foi dimensionar o quanto esta situação refletiria no setor ao se apagar as luzes de 2016”. É isso que o presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP, São Paulo/SP), Mário Eduardo Pulga, acha importante destacar sobre este ano. Para ele, a clínica de pequenos animais é a porta de entrada do médico-veterinário para a sociedade e as universidades têm seguido a tendência de dar ênfase a isso na graduação. “Porém, o problema é que, em 2016, temos ouvido dos profissionais que lideram o setor que há um encolhimento do faturamento e do mercado, com até mesmo o fechamento de clínicas e petshops. Não sabemos ainda precisar se esse suposto encolhimento se deve à crise econômica com a consequente reestruturação dos orçamentos familiares e a redução do poder aquisitivo das famílias, ou ao início de um saturamento de mercado”, pondera e conta que até no CRMV-SP, o ano foi de avaliação sobre os passos dados e redefinição dos caminhos a serem trilhados por meio de um planejamento estratégico.

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Novidades e encontros que beneficiam a classe veterinária estão nas metas do CFMV para o próximo ano (Foto: divulgação)

O Conselho Regional realizou eventos organizados por suas 20 comissões técnicas, além de simpósios regionais de saúde animal em cidades do interior. “Temas como gratuidade de consultas, saúde única, células-tronco, bem-estar animal, ensino a distância, título de especialista e cursos de especialização, serviços médicos-veterinários em unidades móveis, leishmaniose, uso prudente de antibióticos na saúde animal e outros foram abordados insistentemente para melhor conscientização e formação”, enumera Pulga.

Para 2017, o CRMV-SP está realizando a revisão e atualização do Manual de Responsabilidade Técnica e Legislação para a impressão da 4ª Edição do manual, segundo o presidente. “Estamos, também, passando pela construção do planejamento estratégico do Conselho. Iniciamos esse processo em 2016, mas devemos continuar com o desdobramento no próximo ano. Pretendemos, em 2017, implantar uma nova unidade regional. Outro importante projeto para 2017 é a reforma da sede do Conselho. Estamos com o projeto em fase de aprovação final e emissão de autorização para iniciarmos os trâmites. Deixaremos como legado a sede que o maior Conselho Regional de Medicina Veterinária do País merece ter”, promete.

O próximo ano também será tempo de lançamento da nova campanha sobre guarda responsável, prevista ainda para o primeiro semestre, e Pulga destaca que o setor pode esperar novidades: “Estamos trabalhando em uma nova resolução que deve regulamentar os serviços médico-veterinários móveis, com o auxílio das nossas comissões técnicas de Saúde Pública Veterinária, de Clínicos de Pequenos Animais, de Saúde Ambiental, de Responsabilidade Técnica, de Bem-estar animal e de médicos-veterinários de ONG’s”, insere.

Passando para o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV, Brasília/DF), o presidente Benedito Fortes de Arruda lembra que, durante este ano, foram reforçadas as ações para divulgação, tanto para profissionais quanto para a sociedade, da importância de uma preocupação com a Saúde Única. “O ensino da Medicina Veterinária e a formação de profissionais de excelência foi outro tema que recebeu especial atenção do CFMV. Neste ano, o Conselho expandiu o seu Projeto Estratégias de Ensino-Aprendizagem, iniciado em 2013. Um total de 19 visitas técnicas foram realizadas às IES durante o ano, e quatro novas instituições aderiram ao programa, elevando para 27 o número de instituições que atualmente participam deste projeto”, menciona.

O CFMV também estabeleceu que algumas disciplinas dos cursos de graduação em Medicina Veterinária devem ser ministradas exclusivamente sob a modalidade presencial, por meio da Resolução CFMV nº 1.114. Além disso, cumprindo a sua missão de promover a Saúde Única e o bem-estar da sociedade, o CFMV também assumiu uma posição de titularidade na Comissão Intersetorial de Vigilância em Saúde (CIVS), do Conselho Nacional de Saúde (CNS, Brasília/DF), além de contribuir com diversas consultas públicas e participar da elaboração de normas na área da sanidade agropecuária, do manejo no abate humanitário, da apicultura e do registro de produtos de origem animal. “Também participamos de discussões sobre ações de prevenção, controle e monitoramento dos javalis no território nacional”, completa.

O presidente considera importante ressaltar foram realizadas as primeiras reuniões do Grupo de Trabalho (GT) de Biotérios, do GT de Aquicultura e do GT Apicultura, do CFMV. “Os grupos de trabalho estão encarregados de elaborar treinamentos e de contribuir com sugestões para normatizar a atuação do médico-veterinário em instalações para animais de laboratório, no cultivo de organismos aquáticos e da atuação do médico-veterinário e zootecnista na apicultura”.

Arruda comenta que o CFMV promoveu, ao todo, dez eventos para debater temas relevantes para a Medicina Veterinária e Zootecnia em 2016 e projeta grandes expectativas para 2017: “Estamos trabalhando para apresentar novidades e encontros que contribuirão para a formação dos profissionais e consequentemente para a oferta de serviços de qualidade à sociedade”.

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