Wellington Torres, em casa
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A cegueira pode ser ocasionada por diferentes problemas, exigindo que o médico-veterinário responsável pelo atendimento clínico fique atento aos diferentes sinais apresentados pelo pet. O rápido diagnóstico agiliza o encaminhamento especializado para um oftalmologista, podendo, assim, oferecer melhor qualidade de vida ao animal.
De acordo com o médico-veterinário e oftalmologista Luciano Fernandes da Conceição, da Vet Optcs, a cegueira súbita pode ser ocasionada tanto por meio de intoxicação, quanto por tumores e neoplasias do sistema nervoso. Contudo, a dificuldade para diagnosticá-las varia consideravelmente.
Diagnóstico deve ser realizado rapidamente (foto: reprodução)
Entre as principais causas apresentadas pelo profissional, estão a catarata diabética, as uveítes, os glaucomas e as retinopatias adquiridas, que incluem a degeneração retiniana, causada principalmente pelo uso indiscriminado da enrofloxacina, hipertensões sistêmicas, coriorretinites e as neurites ópticas.
“Para conseguir diagnosticar todas elas, é necessário a realização do exame de fundo de olho, seja por meio do oftalmoscópio direto ou indireto. Ferramentas que possibilitam determinar o que está acontecendo naquela região, para que possamos entender o que levou o paciente a perder a visão”, explica.
Tendo como foco a análise inicial do paciente, que será levado a um clínico geral, o oftalmologista esclarece que ter conhecimento das ferramentas é primordial para assegurar a saúde do pet que será atendido, sendo elas de extrema necessidade.
“Mesmo que o profissional não tenha prática em analisar a região, o costume adquirido ao atender animais com o fundo de olho saudável fará com que identifique rapidamente qualquer anormalidade. Pode ser que não consiga especificá-la, mas entenderá que ali existe uma diferença, o encaminhando para a devida averiguação com um especialista”, afirma.
Relação entre clínico e especialista é imprescindível (foto: reprodução)
Ainda segundo ele, a imagem que o oftalmoscópio apresenta possui uma extensão um pouco menor, porém possibilita a identificação de detalhes que, a olho desarmado, seria impossível, havendo uma outra ferramenta auxiliadora da análise, o panóptico.
“Essa ferramenta oferece uma imagem intermediária, onde podemos ver em uma extensão um pouco maior, só que com menos detalhes e um menor aumento de imagem, se fazendo ideal a junção dos dois”, levanta o oftalmologista.
Ainda segundo Luciano, nessa junção, o oftalmoscópio indireto será utilizado para identificar a região alvo, enquanto o direto para se aprofundar, já que é responsável pela aproximação e definição da imagem.
Em comemoração ao dia 7 de maio, data referente ao Dia do Oftalmologista, a equipe cães&gatos parabeniza e agradece à todos os profissionais desse setor pelo valioso trabalho!