Cláudia Guimarães, em casa
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Buscar oferecer uma alimentação balanceada e saudável, também, aos pets já é uma realidade entre os tutores. Cães, gatos e outros animais de companhia deixaram, há muito tempo, de serem apenas bichos dentro de casa para fazer parte da família, daí a consequência de melhorar o cuidado, principalmente, com a nutrição.
Neste Dia Mundial da Alimentação, conversamos com a zootecnista e mestre em Zootecnia, Sicilia Avelar Gonçalves, que nos lembra que a ração industrial é o alimento mais oferecido aos pets. “Além da praticidade, a ração deve fornecer todos os nutrientes, pelo menos, em quantidade mínima”, destaca e ainda menciona que a maioria dos tutores que opta pelo alimento seco alegam ser pela praticidade e facilidade de armazenamento.
Mas, além desse tipo de alimento que pode ser ofertado aos animais de estimação, Sicilia cita outras opções bastante utilizadas:
- Alimentação úmida embalagens de sachê ou latas: estas já vêm prontas para servir e são balanceadas;
- Alimentação caseira cozida: que é uma alimentação em que são utilizados os mesmos ingredientes das nossas refeições, porém, nas proporções adequadas para cada situação em que o animal se encontra;
- Alimentação caseira crua: nesta modalidade, os legumes e verduras continuam sendo utilizados cozidos, porém, as carnes são utilizadas cruas e o tempo de congelamento profilático das carnes deve ser obedecido;
- Alimentação crua com ossos: já nesta modalidade, as proporções de carne e ossos carnudos são consideravelmente maiores e vegetais e verduras em menores proporções;
“Independentemente da modalidade escolhida, a suplementação se faz necessária para suprir a exigência de nutrientes do animal”, salienta a zootecnista.
Outro fator importante também mencionado pela profissional é que todas as modalidades de alimento que podem ser oferecidas ao pet devem ser devidamente balanceadas para evitar prejuízos a longo prazo, pela deficiência nutricional ou hipervitaminoses. “Nas modalidades em que são utilizados carnes e ossos carnudos crus, deve ser feito o congelamento profilático para reduzir as possíveis contaminações”, alerta.
Sicilia ainda cita que em todas as modalidades existem prós e contras. “Cabe a nós, como profissionais, explicarmos aos tutores e ajudá-los a escolher a melhor opção. E a melhor opção inclui o que é melhor para o animal e o que cabe no bolso do tutor. Não podemos induzi-lo a uma escolha desmerecendo outras modalidades”, opina.
Ela, como profissional, acredita que tem o dever de apresentar ao tutor todas as opções disponíveis no mercado, mas quem escolhe qual a melhor opção é ele. “Mas, minha preferência por alimentação caseira balanceada é, principalmente, em casos em que o animal apresenta alguma patologia. Por ser mais fácil de adequar à exigência do animal e a maior palatabilidade facilitam o trabalho”, revela.
Sicilia observa que o mercado de alimentação pet está em pleno crescimento com descobertas de novos ingredientes para serem utilizados em substituição aos ingredientes proteicos tradicionais. “Uma novidade, por exemplo, é a farinha de insetos. Algumas empresas já estão colocando no mercado rações de excelente qualidade com farinha de insetos como ingrediente. Nós, como profissionais, devemos orientar os tutores sobre a inclusão desses novos ingredientes nas rações e tranquilizá-los sobre a qualidade das mesmas”, finaliza.