A perda de pelos não relacionada a algum processo patológico tende a ser menosprezada pro tutores
As alopecias não inflamatórias são caracterizadas pela perda de pelos não relacionada a algum processo patológico. E por essa questão, tendem a ser menosprezadas pelos tutores de cães, o que pode acarretar problemas de pele.
Classificadas como displasias foliculares, alopecia pós tosa e alopecia x, aprender a diferenciá-las é de extrema importância para o tratamento. Pensando nisso, a edição do mês de junho da revista C&G VET FOOD conversou com as médicas-veterinárias, pós-graduadas em Dermatologia Veterinária, Ludmila Amorim de Oliveira e Ivie Amorim, do Dermapet.
Sobre as causas e sinais de cada uma, Ludmila explica que as displasias foliculares, também conhecidas como displasias cutâneas neuroectodermais congênitas, têm como principal sinal clínico a mudança na pelagem. “Suas etiopatogenias são desconhecidas, mas acredita-se que há um defeito genético primitivo no folículo piloso que leva à alteração de cor. Mesmo que sejam geneticamente e histologicamente iguais, as suas apresentações clínicas são diferentes, podendo ser conhecidas como alopecia por diluição de cor ou mutante de cor e displasia folicular dos pelos pretos. Algumas raças podem ser mais predispostas como: pinscher, chiuaua, doberman, husky e malamute”, diz.
Já a alopecia pós tosa é caracterizada pelo não crescimento do pelo após realizar uma tosa no cão. As raças mais predispostas a esta alteração são o chow chow e o spitz alemão. E a alopecia X ainda tem sua origem desconhecida.
“É caracterizada por queda de pelo nas regiões de pescoço, tronco, região perineal e coxas, poupando cabeça e membros. Algumas raças são mais predispostas, como o spitz alemão (o mais acometido), chow chow, malamute do alasca, samoieda, poodles miniatura e keeshond. Onde as primeiras alterações são observadas em cães de um a três anos de idade, independentemente de sexo e/ou status de castração. Em alguns casos, a alopecia X pode ser confundida com alopecias causadas por doenças endócrinas, já que estas apresentam um padrão de queda de pelo bilateral”, afirma Ludmila.
Quer saber mais sobre o diagnóstico e o tratamento,leia na editoria Clínica Médica (dermatologia), da edição de junho da C&G VF.
Fonte: Redação Cães&Gatos VET FOOD.