Verminoses são algumas das doenças mais comuns nos pets e nem os felinos mais caseiros estão totalmente livres desse incômodo. Os parasitos, de maneira geral, estão presentes no ambiente e podem ser transportados pelo ar, água ou objetos.
De acordo com a médica-veterinária e gerente de Produtos da Linha Pet da Ceva Saúde Animal, Fernanda Ambrosino, todos os pets são suscetíveis à contaminação por vermes e outros parasitas intestinais, independente de raça, idade ou tamanho, principalmente se ele tem acesso à rua ou contato com outros animais
“Os filhotes de gato, normalmente, contraem vermes das próprias mães infectadas ou por meio do contato com outros filhotes, enquanto os adultos se contaminam por ingestão ovos ou larvas de parasitos presentes no ambiente, pelo contato com fezes contaminadas ou com presas (ratos, por exemplo) portadoras de parasitas”, explica.
Para facilitar o reconhecimento de um felino com vermes, Fernanda listou os sete sinais mais comuns de serem observados:
1 – Diarreia: É o sinal clássico de que algo não está bem na saúde intestinal do felino. Ela pode acontecer pela presença de parasitas que liberam toxinas e outras substâncias que irritam a mucosa intestinal e ocasionam episódios diarreicos.
2 – Alterações na pelagem: Os pelos deixam de ser vistosos e cheios de brilho para dar lugar a uma pelagem opaca, com aparência desleixada e quebradiça. Esse pode ser um indicativo de que os nutrientes não estão sendo absorvidos de maneira adequada pelo felino, consequência de uma infestação parasitária.
3 – Apatia ou letargia: Por competirem pelos nutrientes ingeridos pelo pet, é comum que o animal que sofre com infestações verminóticas apresente sonolência, falta de entusiasmo e falta de energia para realizar atividades diárias.
4 – Alterações no apetite: Alguns vermes são conhecidos por aumentar o apetite dos gatos, que precisam se alimentar mais para conseguir ter energia, e outros tiram a vontade de comer porque podem promover queimação no estômago e falsa sensação de saciedade. A alteração do apetite é um sinal de alerta importante de que algo não vai bem.
5 – Perda de peso: Como o pet não consegue absorver todos os nutrientes dos alimentos ingeridos, uma vez que a parede do intestino está debilitada e os vermes acabam sugando parte destes nutrientes, é comum que o pet com vermes perca peso mesmo se alimentando normalmente. Quando os animais acometidos ainda são filhotes, além da redução de peso é comum observar o aumento do volume abdominal (“barriga de verme”) que acontece pela diminuição de proteína na corrente sanguínea (hipoproteinemia).
6 – Episódios de vômito: Alguns felinos vomitam com uma certa frequência, principalmente para expelir as famosas bolas de pelos, mas episódios recorrentes de vômitos podem estar relacionados à uma alta carga parasitária. “Nestes casos, a situação é mais grave, porque pode indicar a existência de uma grande quantidade de parasitas gastrointestinais liberando toxinas. Dependendo da quantidade de vermes eles podem promover obstrução intestinal, necessitando de intervenção cirúrgica para sua remoção”, explica Fernanda.
7 – Anemia: Ela pode acontecer por vários motivos, e é comum nos animais que sofrem com grande infestação de vermes que se alimentam do sangue do hospedeiro, como o Ancylostoma sp. A maneira mais fácil de perceber se o animal está anêmico é através da coloração da gengiva do felino, que deve ser rosada como a do ser humano. Uma gengiva pálida ou esbranquiçada pode ser indicativo de anemia (a confirmação da anemia deve ser feita através de exame de sangue).
Embora os sinais citados possam auxiliar o tutor a entender se o pet está com verminose, o diagnóstico só pode ser confirmado por meio de exames coproparasitológicos.
O tratamento dos animais com verminoses, segundo a veterinária, se dá por meio do uso de vermífugos específicos para os pets, de acordo com a orientação veterinária, e o reforço na higiene para combater ovos e larvas que podem viver no ambiente que o gato frequenta.
“A melhor forma de lidar com os parasitas gastrointestinais dos felinos é atuando de forma preventiva, e para isso a vermifugação periódica do bichano é essencial. A administração do vermífugo deve acontecer de acordo com a necessidade do pet e os desafios ambientais que ele enfrenta”, finaliza.
Fonte: AI, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.
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