Diferentemente da leucemia em humanos, que é uma uma doença maligna dos glóbulos brancos, geralmente, de origem desconhecida, a leucemia felina, como é popularmente chamada, vem do vírus FeLV (Feline leukemia virus) e é uma doença que afeta as defesas imunológicas dos gatos domésticos.
Com esse vírus, o felino fica desprotegido e pode ser acometido por doenças infecciosas, lesões na pele, desnutrição, problemas reprodutivos, entre outros problemas. Hoje, foquemos na alimentação, aliada tão importante em pacientes positivos para a FeLV.
A médica-veterinária e proprietária da clínica Refúgio Medicina Felina, Andressa Lika Tatesuji, lembra que, geralmente, o primeiro passo para detecção do vírus é realizar o teste rápido. “A partir de um resultado positivo, devemos investigar possíveis comorbidades com exames complementares, como hemograma, bioquímicos e ultrassonografia. Também é recomendado realizar outro teste depois de seis semanas para determinar se o paciente tem uma infecção progressiva ou regressiva”, menciona.
Andressa revela que esses pacientes podem apresentar certo incômodo na hora de se alimentar, isso porque a infecção por FeLV se inicia, geralmente, na mucosa da orofaringe e, depois, passa a se replicar nas amígdalas e linfonodos locais, o que é chamado de viremia primária. “Durante a viremia primária, esses locais podem se encontrar inflamados e, até, infeccionados secundariamente por bactérias, gerando desconforto, dor e febre. Outras doenças virais que causam feridas em boca e garganta, como a calicivirose e a herpesvirose, podem agravar esse quadro durante a viremia primária e também são mais predispostas a aparecer em pacientes positivos no estágio de infecção progressiva”, informa.
Nestes casos, para aliviar o desconforto do felino ao se alimentar, Andressa sugere a administração de antiinflamatórios, analgésicos, antibióticos e antivirais, que podem ser utilizados de acordo com cada caso. “Uma alimentação com consistência mais pastosa ou líquida ajuda a aliviar o incômodo. Formulações hipercalóricas são recomendadas, visto que o paciente diminui muito a quantidade e frequência de alimentação”, indica.
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Fonte: Redação Cães&Gatos VET FOOD.
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