Buscar na cães e gatos

Pesquisar
Close this search box.
- PUBLICIDADE -
Pets e Curiosidades

Veterinária comenta a importância da “gatificação” dos ambientes para a espécie felina

Por Equipe Cães&Gatos
gatificação
Por Equipe Cães&Gatos

Cláudia Guimarães, da redação

claudia@ciasullieditores.com.br

A fama de que os gatos são independentes pode levar a pensamentos errôneos sobre a espécie. Ter um felino em casa requer algumas atenções que poucas pessoas levam em consideração antes de adotá-lo. Neste Dia Mundial do Gato, falaremos sobre os principais pontos que o futuro tutor de gato deve saber a fim de manter a saúde e o bem-estar do pet em dia.

Como reforçado pela médica-veterinária e proprietária da clínica Refúgio Medicina Felina, Andressa Lika Tatesuji, apesar de, ao contrário dos cães, os gatos não terem a necessidade de, por exemplo, passeios fora de casa e não demonstrarem tanta necessidade de atenção, ter um felino exige a mesma dedicação. “Eles não demonstram facilmente fragilidades, o que nos leva a adquirir percepção redobrada, principalmente em questões comportamentais. Além disso, os felinos domésticos herdaram características de seus ancestrais selvagens que devem ser supridas: caçar, arranhar, ter seu território, lugares seguros, interações positivas e recursos disponíveis e separados”, menciona.

A profissional explica que, a Medicina Felina se baseia em uma estrutura de cinco pilares para tornar um ambiente feliz e seguro aos gatos: 

  • Fornecer um ambiente seguro: Gatos são predadores e presas e precisam de um local onde se sentem seguros para se refugiar e descansar;
    Fornecer recursos múltiplos e separados: Quando falamos em recursos englobamos água, alimento, caixas sanitárias, lugares para arranhar, dormir e brincar;
  • Fornecer oportunidades para a manifestação de comportamentos naturais: Caçadores natos, comportamentos como localizar, perseguir e atacar fazem parte da essência de um felino e devem ser estimulados na hora de brincar;
  • Ter interações sociais positivas com humanos;
  • Respeitar a importância do olfato felino: Tutores devem estar cientes de que o cheiro para gatos vai além de um sentido sensorial. Ele é utilizado para sinalizar, comunicar e é essencial para o bem estar que os odores naturais sejam mantidos. 
Enriquecimento ambiental é composto por cinco categorias: social, sensorial, alimentar, cognitivo e físico (Foto: reprodução)

“Gatificação” do ambiente

Este termo nada mais é, segundo a veterinária, do que modificações ambientais multimodais onde é possível priorizar esses cinco pilares. “Quando conseguimos fornecer todos os recursos individualmente, a taxa de estresse diminui, evitando, assim, que problemas comportamentais e até outras doenças se desenvolvam”, garante.

Andressa comenta que o enriquecimento ambiental é composto por cinco categorias: social, sensorial, alimentar, cognitivo e físico. “Então, avaliamos a estrutura da família multiespécie e o espaço para escolher as melhores alternativas. De um forma geral, dispomos de itens como jardim sensorial, arranhadores, feromônios, petiscos, brinquedos, pontes, rampas e prateleiras”, enumera.

No entanto, a veterinária ainda adiciona que alguns brinquedos que podem ser engolidos devem ser evitados ou oferecidos com monitoração: “Por exemplo, os que contém linhas ou pedaços pequenos. Além disso, ao escolher uma planta para ter em casa, sempre verificar o potencial tóxico da mesma”, salienta.

Casa “multicat”

De acordo com Andressa, as áreas de lazer são bem-vindas em todos os tipos de residência, principalmente em casas chamadas de “multicats”, ou seja, uma residência com dois ou mais gatos. “Porém, todos os itens devem ser dispostos com cuidado para não gerar disputa entre eles. Multiplicar e descentralizar os recursos é a regra mandatória nesses casos. A observação e análise prévia do comportamento de todos é essencial antes de distribuir cada recurso”, recomenda.

Proporcionar um ambiente enriquecido como esse evita o estresse, que, conforme lembrado por Andressa, é prejudicial em todas as espécies, pois gera emoções negativas, pior qualidade de vida e, por fim, doenças. “Um gato feliz é menos exposto e vulnerável a todos esses fatores negativos, o que auxilia na saúde e longevidade”, afirma.

Antes de adotar um felino, Andressa declara que o tutor deve entender que o pet tem suas particularidades e necessidades básicas. “Conhecendo um pouco sobre elas, conseguimos nos orientar e garantir que este animal esteja se sentindo bem no ambiente em que vive. Garanto que todo tutor de gato vai se beneficiar tanto quanto eles na busca dessas informações, seja por busca própria ou com orientação do médico-veterinário. Vários problemas ou incômodos podem ser resolvidos a partir do manejo correto. Empatia, observação e empenho podem mudar a vida e o convívio com esses animais incríveis que são os gatos”, finaliza.

Compartilhe este artigo agora no