Segundo a ONG AMPARA Animal, solidão poder ser a justificativa da demanda
Wellington Torres, de casa
wellington@ciasullieditores.com.br
Com o desenrolar da pandemia ocasionada pelo novo coronavírus, medidas para conter a disseminação da Covid-19 estão sendo tomadas, principalmente aquelas relacionadas ao distanciamento social, fazendo com que a população de alguns Estados do País tenha que ficar reclusa em casa. Segundo a ONG AMPARA Animal, esse período tem apresentando um aumento na procura pela adoção de cães e gatos.
De acordo com a entidade sem fins lucrativos, como não estão sendo realizados eventos de adoção, o aumento tem ocorrido pelos canais digitais, frisando que nem toda procura se efetiva em adoção. “Muitos buscam filhotes de pequeno porte, o que menos se encontra em abrigos e ONGs de resgate”, informou a ONG.
Perante o número crescente de contatos, a AMPARA acredita que as pessoas estão se sentindo mais solitárias neste momento de quarentena, o que pode justificar a procura por uma companhia animal. “Para as que têm condição de trabalhar de casa, existe uma sensação de que estamos com mais tempo, seja porque não existe mais o deslocamento da residência para o trabalho ou por outras atividades que não estão sendo possíveis atualmente”, explicou a AMPARA, acrescentando que o atual momento pode estar possibilitando alguma reflexão às pessoas que estariam adiando a adoção de um pet.
Contato com animais pode auxiliar na melhora da ansiedade em período de crise (Foto: reprodução)
Ao ser questionada se o período pode acarretar, posteriormente, num aumento do número de abandonos, a AMPARA Animal entende que as adoções estão acontecendo de forma mais consciente, apesar de movidas pelo emocional. “Quanto às devoluções, ainda não temos nenhuma informação de algum animal adotado durante a quarentena que tenha sido devolvido”, contou.
No entanto, a instituição informa que há um aumento do abandono de animais que já tinham tutores anteriormente ao período de crise, ação que pode estar sendo causada pelo desemprego, falta de perspectiva ou de condição financeira do tutor para mantê-los.
A instituição reitera que segue com todos os critérios de adoção, dividida em quatro etapas: preenchimento de questionário (hábitos, histórico com animais e rotina pós-adoção), entrevista, normalmente feita pelo telefone, entrega do animal, feita sempre por um responsável da ONG ou abrigo onde ele se encontra, mediante assinatura do termo de posse responsável com validade jurídica e, por último, o acompanhamento pós-adoção.
“O protetor/responsável por aquele animal antes da adoção fica em contato com os adotantes – mais frequente nos primeiros dias – para acompanhar a adaptação dele na nova casa com a nova família, se certificar de que o tutor está seguindo exatamente o que ele colocou no formulário. É normal que ele solicite fotos e vídeos do pet ou até que agende uma visita depois de passados alguns dias”, explicou.
Para mais informações, acesse o site oficial da AMPARA Animal e lembre-se, a adoção é um ato de amor e deve ser realizada de forma consciente.