Criada como forma de simbolizar o impasse, a expressão ‘entre cães e gatos’ ainda é comumente utilizada. Mas será que essas espécies realmente não se gostam?
De acordo com uma publicação da revista Galileu, o estranhamento de uma espécie com a outra tem algumas explicações, ligadas diretamente às características genéticas. “Os cães são descendentes de lobos, que têm um forte instinto de caça. A captura de outros animais para alimentação era a única forma de sobrevivência, até que alguns deles passaram a se aproximar do homem para garantir seus restos de comida. Os humanos, por outro lado, perceberam o benefício dessa relação, uma vez que esses animais os protegiam, além de serem uma boa companhia. Domesticados, viraram o melhor amigo do homem, mas não perderam o instinto predatório”, explica a revista.
Mesmo com toda a mudança de cenário, o sentido de caça segue sendo ativado pelo cachorro ao se deparar com animais menores, acreditando que eles sejam presas. Nesta situação, em particular com os gatos, a explicação apontada pela ciência, está ligada à reação dos felinos, que percebem a ameaça canina e instintivamente ficam com pelos arrepiados ou saem correndo. “Ou seja, agem como a presa que os cachorros acham que eles são, encorajando o ‘ciclo de caça’”, aponta a publicação.
Contudo, como já sabemos, tal ‘rivalidade’ é facilmente contornável. “A harmonia no relacionamento pode acontecer com um processo de aproximação, habituando um animal à presença do outro. O tutor deve conter condutas agressivas e incentivar a socialização entre os bichos. Quem sabe, assim, a rivalidade fique restrita apenas às histórias dos desenhos animados”, finaliza a revista.
Fonte: Revista Galileu, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.