Os cães e gatos se tornam parte integrante de muitas famílias no decorrer dos anos e a preocupação com sua saúde e cuidado tem aumentado significativamente. Cirurgias e procedimentos médicos podem ser necessários para reverter alguns problemas nesses animais – e a anestesia desempenha um papel fundamental nesse processo.
À medida que a medicina veterinária avança, os cuidados com animais de estimação idosos estão se tornando cada vez mais especializados e seguros. “A segurança e o conforto do animal durante o processo anestésico são prioridades absolutas”, afirma a cirurgiã do Hospital Veterinário Taquaral, de Campinas (SP), Dra. Eliane Benatti.
A veterinária conta que a tecnologia avançada, fármacos modernos e os protocolos de anestesia mais seguros trouxeram evolução para as operações e permitem que os animais idosos passem por procedimentos cirúrgicos com riscos mínimos.
Gabriel Aquino e Eliane Benatti atendem no Hospital Veterinário Taquaral, de Campinas (SP) (Foto: divulgação)
O anestesista Dr. Gabriel Aquino, do mesmo hospital, complementa: “Trabalhamos de perto para avaliar o estado de saúde de cada animal, adaptando nossos protocolos anestésicos às suas necessidades específicas. Isso inclui monitoramento constante da pressão arterial, frequência cardíaca, respiração e outros parâmetros vitais durante a intervenção”.
Para Eliane, é preciso confiar que os avanços tecnológicos e os treinamentos das equipes cirúrgicas da medicina veterinária convergem cada vez mais para procedimentos menos invasivos, eficazes, ágeis, com recuperação mais rápida no pós-operatório e menos sequelas.
“Não raro, um animal vem a óbito por falta de uma cirurgia feita no momento certo que lhe daria mais anos com qualidade de vida, cirurgia postergada ou evitada devido a um medo do tutor fundamentado numa visão antiquada e desinformada”, pontua.
Gabriel faz um paralelo com as condições vividas pelos humanos. Existem pessoas com 60 anos que são saudáveis e parecem ter 20 anos, e tem os de 20 anos que vivem desregrados e apresentam um organismo semelhante ao de um idoso de 60 anos.
“É assim também com muitos animais em que a idade é relativa. Está cada vez mais comum atendermos animais com 18 anos e eles aparentarem ter sete anos”, explica.
A decisão de submeter um pet idoso à anestesia não deve ser tomada com cautela. “Cada caso é único e a decisão deve ser baseada na avaliação completa do estado de saúde do animal, expectativa de vida e qualidade de vida pós-procedimento”, observa Eliane.
Os dois especialistas são unânimes em afirmar que, independente da idade do animal, o objetivo em um tratamento e cirurgia deve envolver o protocolo mais adequado, seguro e menos impactante.
Fonte: AI, adaptado pela equipe Cães e Gatos VET FOOD.
LEIA TAMBÉM:
Mesmo sem dor, volume atípico pode ser sinal de câncer de mama