Segundo pesquisa, somente 13% dos entrevistados conseguiram entendê-las
Com a errônea reputação de serem distantes e difíceis de compreender, os gatos podem sofrer por não serem, de fato, compreendidos. Identificar se estes animais estão bem ou não, pode ser uma tarefa difícil, mas segundo um recente estudo, a culpa não é deles, mas sim da interpretação dos tutores.
Publicado no periódico Animal Welfare, o estudo canadense afirma que os felinos possuem diversas expressões faciais que usam para se comunicar, mas apenas 13% dos cuidadores conseguem entendê-las.
Para a pesquisa, foram utilizados 6.329 voluntários de 85 países diferentes, com a grande maioria sendo tutores de algum indivíduo da espécie. A análise foi realizada após os participantes assistirem uma série de vídeos sem som que mostravam apenas expressões faciais dos animais, e julgassem o humor dos mesmos, analisando se os pets estavam se sentindo bem (“positivos”, como aparece na pesquisa) ou mal (“negativos”).
Os participantes precisaram compreender minimamente o gato. Ou seja, saber se ele estava saindo de uma interação positiva, como ter acabado de comer ou receber carinho, ou negativa, como quando está com fome ou com medo.
No resultado, a pontuação foi abaixo do esperado pelos pesquisadores, já que a pontuação média dos participantes foi 12 acertos, ou 60%. Apenas 13% tiveram um desempenho considerado bom, acertando entre 15 e 20 expressões. Curiosamente, as mulheres eram melhores que os homens em interpretar corretamente as expressões dos felinos. Houve também uma lacuna geracional com os jovens se saindo melhor do que as pessoas mais velhas.
“O fato de as mulheres geralmente terem melhor desempenho que os homens é consistente com pesquisas anteriores que mostraram que as mulheres parecem ser melhores em decodificar demonstrações não verbais de emoção, tanto em humanos quanto em cães”, disse em comunicado o professor e autor do estudo, Georgia Mason.
Ao todo, o estudo levanta que as expressões positivas foram mais facilmente identificadas do que expressões negativas. Os pesquisadores também atestaram que os voluntários que estavam perto de gatos profissionalmente, ou seja, que eram veterinários ou trabalhavam de alguma forma com a espécie também demostraram melhores resultados. O que mostra que a habilidade de “ler” os gatos pode ser aprendida e aprimorar os laços entre os felinos e os humanos.
Fonte: Super Interessante, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.