Buscar na cães e gatos

Pesquisar
Close this search box.
- PUBLICIDADE -
Pets e Curiosidades

Quais os cuidados essenciais com os animais idosos?

A implementação de uma rotina de exercícios também é indicada para manter a massa musculoesquelética e a mobilidade
Por Equipe Cães&Gatos
foto-idoso
Por Equipe Cães&Gatos

À medida que os animais vivem mais tempo, torna-se fundamental uma abordagem cuidadosa e multidisciplinar à medida que envelhecem, garantindo assim maior qualidade de vida e conforto nessa etapa. A locomoção é diferente, a digestão dos alimentos e, até mesmo, o comportamento e disposição mudam. Ele pode, por exemplo, ter menos ânimo para brincadeiras, mobilidade reduzida, ficar mais apegado ao tutor, ser mais ansioso. É nesse período também que aumentam as chances do aparecimento de doenças – algo parecido com o que acontece com os humanos.

Nesta fase, o animal pode ter desgastes e dor nas articulações, redução da massa magra, redução da cognição, visão e audição (Foto: reprodução)

O animal pode ter desgastes e dor nas articulações, redução da massa magra, redução da cognição, visão e audição. Por isso, é preciso compreender e acompanhar constantemente o pet junto ao veterinário de confiança. “O pet idoso demanda uma atenção maior dos tutores. Com o envelhecimento eles se tornam mais suscetíveis a uma variedade de condições de saúde, sendo preciso monitorá-los. Assim é possível intervir precocemente e tratar condições específicas com maior efetividade”, explica a médica-veterinária gerente de Produtos da Avert Saúde Animal, Pamela Meneghesso.

O check-up com o médico veterinário deve ser feito periodicamente. O processo inclui uma revisão detalhada do histórico médico, realização de exames e avaliação dos rins, do coração, da saúde bucal, dos olhos e do sistema locomotor. Isso permite a detecção de doenças renais, cardíacas e endócrinas, bem como a avaliação da dor, função cognitiva e qualidade de vida do animal.

A dieta adequada é outro aspecto importante. Recomenda-se a transição para uma alimentação específica para a idade, com formulações balanceadas e ajustadas às necessidades nutricionais dos animais mais velhos. Os suplementos também podem ser benéficos, contribuindo para o bem-estar e qualidade de vida. Alguns exemplos são: ácidos graxos essenciais (ômega-3), Betaglucanas que auxiliam no suporte ao sistema imunológico, aminoácidos essenciais (BCAA´s) e colágeno hidrolisado que podem auxiliar na musculatura, simbióticos para a saúde intestinal, colágeno tipo II, condroitina e glucosamina para articulações e vitaminas C e E como antioxidantes.

A implementação de uma rotina de exercícios também é indicada para manter a  massa musculoesquelética e a mobilidade dos pets. No entanto, é importante adaptar a intensidade e a frequência às capacidades individuais de cada animal, priorizando atividades de baixo impacto, como natação, fisioterapia aquática e exercícios de fortalecimento muscular.

Os cães idosos têm uma tendência maior a obesidade, desta forma é preciso realizar atividades para estimulá-los a gastar energia. “Já no caso dos felinos, o emagrecimento costuma ser mais frequente sendo necessário focar na nutrição balanceada para assegurar que o pet está ingerindo a quantidade de energia necessária para manutenção do peso. Como podemos observar os cuidados com os animais idosos englobam uma série de fatores que juntos proporcionam mais longevidade e qualidade de vida aos animais”, esclarece Pamela.

Nesta fase, a dor crônica é muito comum devido a condições como, osteoartrite, neoplasias e doenças dentárias. Para trazer mais conforto ao animal a adoção de estratégias de manejo da dor, incluindo o uso adequado de analgésicos, fisioterapia, acupuntura e modificações ambientais, são essenciais. “É importante ressaltar que as medidas adequadas devem ser avaliadas e indicadas pelo médico veterinário, ele será responsável por indicar a melhor conduta de acordo com as necessidades específicas do pet”, reforça.

É importante adaptar a intensidade e a frequência às capacidades individuais de cada animal, priorizando atividades de baixo impacto (Foto: reprodução)

A disfunção cognitiva é outra manifestação característica do envelhecimento. Os animais podem apresentar alterações comportamentais, como desorientação, vocalização excessiva e alterações nos padrões de sono. A identificação precoce dessas alterações e a implementação de estratégias de enriquecimento ambiental, suplementação dietética e terapias cognitivas podem ajudar a retardar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida do animal. “Além das medidas citadas, cuidar dos animais nessa fase oferecendo apoio emocional, carinho e companhia para garantir que se sintam seguros e amados ajuda a estreitar os laços entre o tutor e o pet e cria novas memórias para ambos dessa relação de companheirismo”, finaliza.

Cuidar dos pets idosos exige uma abordagem multifacetada, que inclui atenção à saúde, nutrição, exercício e bem-estar emocional. Com as ações adequadas é possível garantir uma vida confortável para os peludos na terceira idade.

Fonte: Avert, adaptado pela equipe Cães e Gatos.

LEIA TAMBÉM:

Medicina Veterinária é peça essencial para a Saúde Única

Eutanásia requer compreensão da dor do animal e aceitação da experiência do luto

Veterinário comenta benefícios da internação acompanhada para pets