Com a chegada de um bebê à família, muitos pais enfrentam a angústia: “E agora, o que faremos com o cachorro?”. Algumas famílias optam por mantê-lo, enquanto outras decidem por mudar completamente sua rotina. Áreas onde o cão costumava circular livremente tornam-se restritas. Dormir no sofá ou no quarto já não é mais uma opção! Tudo isso é feito para garantir que os caminhos do cão e do bebê não se cruzem.
“Claro que é um senso de proteção dos pais, para não dizer medo. Mas isso também gera um trauma para o cãozinho, que percebe que o tratamento foi alterado e que sua rotina já não é mais a mesma de antes”, alerta a diretora-comercial da Au!Happy, Simone Cordeiro. “Além de fazer mal a uma relação que até então era positiva, os tutores estão perdendo uma grande chance de estabelecer um vínculo de amizade entre o pet e o bebê”, complementa.
E há estudos comportamentais que mostram uma tendência de aproximação e até de proteção do animal em relação ao bebê. Isso graças a um instinto canino chamado impulso de matilha. “O impulso de matilha é um senso próprio desses animais, que desenvolvem a proteção do seu grupo. Num ambiente doméstico, esse grupo é a família com quem ele convive. E uma das características é, exatamente, de proteger os membros considerados mais vulneráveis”, explica a diretora-comercial da Au!Happy.
Por outro lado, ela adverte que o afastamento e a mudança brusca de rotina do animal como forma de proteção da criança pode gerar traumas e até doses de ciúmes. “É possível que ele se sinta ameaçado se sentir que está sendo deixado de lado ou isolado. O ideal, portanto, é manter intocável sua importância para a família depois do nascimento do bebê. O mínimo que se puder intervir nos seus hábitos será o melhor a se fazer. Ele não tem motivos para atacar um bebê, mas esse é um movimento que deve ser realizado de forma gradativa”, orienta.
Simone ainda explica que os cães imitam os sentimentos humanos, inclusive a felicidade, o afeto e o silêncio diante de um bebê. “Há muitos casos de cães que evitam latir perto da criança para não acordá-la, por exemplo. Eles seguem o comportamento dos tutores e sabem que o bebê ou a criança são especiais, e procuram tratá-las exatamente desta forma. Por isso, é um momento que eles devem compartilhar com o pet; não distanciá-lo disso”, conclui.
Fonte: Au!Happy, adaptado pela equipe Cães e Gatos.
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