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Royal Canin entrega Prêmio Waltham de Pesquisa a profissional durante o Congresso CBNA Pet

Empresa possui iniciativas que impulsionam a pesquisa em Medicina Veterinária e Nutrição Animal
Por Cláudia Guimarães
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Por Cláudia Guimarães

A Royal Canin, há tempos, vem se destacando como uma das principais incentivadoras da pesquisa científica na área de nutrição e saúde animal. Desde 2016, a empresa, em parceria com o Instituto Waltham, patrocina o Prêmio de Melhor Trabalho Científico no Congresso CBNA Pet. Na edição deste ano, que ocorreu nos dias 05 e 06 de junho, na capital paulista, o aluno de Doutorado em Nutrição de Cães e Gatos, pela Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV), da Unesp de Jaboticabal-SP, Lucas Bassi Scarpim, foi o vencedor.

O principal objetivo da pesquisa de Scarpim foi estabelecer um protocolo simples, prático e minimamente invasivo, utilizando isótopos estáveis para coletar dados sobre a necessidade proteica ou aminoacídica de cães, aplicável tanto a cães saudáveis quanto àqueles com comorbidades.

Ele nos conta que a metodologia envolveu cinco níveis proteicos (6%, 8%, 10%, 12% e 14%) para avaliar três protocolos de enriquecimento isotópico por meio do método de oxidação indireta do aminoácido indicador (IAAO). “Esses protocolos variaram em número de alimentações, doses do isótopo de 13C-Fenilalanina e tempo de coleta. Após um período de adaptação de dois dias com uma dieta contendo 11% de proteína bruta, os cães foram submetidos aos protocolos de IAAO e aos diferentes níveis proteicos. Resumidamente, os animais foram previamente condicionados a respirar em máscaras específicas através de reforço positivo, que foram utilizadas para a coleta do ar expirado nos protocolos, o qual foi empregado na análise do enriquecimento do isótopo 13C”, explica.

Um dos maiores desafios enfrentados durante o projeto foi a escassez de dados na área. “Embora o método da IAAO para obtenção de dados de necessidade proteica já exista e seja amplamente estudado e aplicado em seres humanos, para cães ainda é uma área de pesquisa quase inteiramente inexplorada. Os dados são bastante escassos e foi necessário um longo período para determinarmos um protocolo preciso para ser utilizado em cães”, destaca.

Da esquerda para a direita: Natália Lopes (Gerente de Assuntos Científicos da Royal Canin Brasil), Carla Pistori (Diretora de Assuntos Corporativos da Royal Canin Brasil), Lucas Bassi Scarpim (vencedor do prêmio), Prof. Aulus Carciofi (UNESP JABOTICABAL), Cintia Fuscaldi (Coordenadora de Relacionamento Científico da Royal Canin Brasil) e Prof. Luciano Trevizan, da UFRGS (Foto: divulgação)

O impacto esperado desta pesquisa no setor é significativo, na visão do médico-veterinário. “De maneira bastante positiva, pois a partir desta pesquisa, novos estudos envolvendo a necessidade proteica e aminoacídica para cães poderão ser realizados para avaliar variações entre raças, idades, sexos e até mesmo comparar a disponibilidade metabólica de matérias-primas proteicas de modo minimamente invasivo. Além disso, no futuro, esta pesquisa poderá gerar novas recomendações para a inclusão de fontes proteicas nas dietas de cães, promovendo o uso parcimonioso dos recursos proteicos existentes e visando cada vez mais a sustentabilidade”, avalia.

O próximo passo para a pesquisa de Scarpim é utilizar o protocolo definido para avaliar o efeito da baixa e alta aplicação de energia mecânica durante o processo de extrusão em dietas contendo diferentes fontes proteicas na necessidade e disponibilidade metabólica da proteína em cães.

Scarpim também destacou a importância de parcerias e colaborações futuras. “Sempre há empresas e pesquisadores dispostos a colaborar e auxiliar em temas como este que visam obter dados de nutrição importantes por meio de métodos minimamente invasivos, tanto dentro do Brasil como no exterior, e buscar essas parcerias é importante tanto para crescimento pessoal, como da pesquisa em nutrição de cães e gatos”, pondera.

Sobre sua motivação para entrar na área de pesquisa científica voltada para animais de estimação, Scarpim comenta: “Há alguns anos, trabalho na área de nutrição de animais de estimação. Antes de ser pós-graduando, eu já era funcionário da Fábrica de Rações da Unesp de Jaboticabal. Foi lá que tive meu primeiro contato com o professor Aulus Cavalieri Carciofi, que me ensinou sobre os processos de produção de rações para animais de estimação. Ele sempre me incentivou e apoiou a continuar os estudos, o que me fez apaixonar pela área e pela ciência. Decidi, então, iniciar o mestrado e doutorado em pesquisa científica voltada para animais de estimação”, relata.

Receber este prêmio foi uma grande honra para o profissional. “Me sinto extremamente honrado e grato por receber este prêmio e reconhecimento pelo meu trabalho. É uma validação significativa do esforço e dedicação investidos, e motiva-me a continuar a buscar a excelência e contribuir cada vez mais para a minha área de atuação”. E para os jovens cientistas que estão começando suas carreiras, Scarpim aconselha: “É fundamental manter a curiosidade e paixão pelo conhecimento, pois são motores essenciais para a inovação”.

De mãos dadas com o progresso da nutrição de pets

A diretora de Assuntos Corporativos da Royal Canin Brasil, Carla Pistori, compartilha insights sobre essa iniciativa e o impacto do apoio à pesquisa científica. “Reconhecemos a importância de eventos como o Congresso CBNA Pet para a comunidade científica brasileira, incentivando o conhecimento e a troca entre profissionais dedicados à nutrição animal. Patrocinamos o Prêmio de Melhor Trabalho para estimular jovens pesquisadores a gerar ciência de alta qualidade e aumentar a visibilidade internacional da pesquisa brasileira. Queremos que o mundo conheça a qualidade da ciência e dos pesquisadores excepcionais do Brasil”, afirma.

Objetivo da Royal Canin é incentivar novos pesquisadores e contribuir para a inovação na nutrição, saúde e bem-estar animal (Foto: reprodução)

A origem da Royal Canin está na ciência e na observação, colocando o conhecimento no centro do negócio, segundo a porta-voz: “Desenvolvemos dietas baseadas em necessidades reais, independentes das tendências de mercado. Com mais de 50 anos de observação científica e parcerias com instituições veterinárias, criadores e especialistas, oferecemos mais de 750 produtos adaptados às necessidades individuais dos gatos e cães. Nossa busca por conhecimento é contínua”, explica.

Carla ainda menciona que a Royal Canin apoia diversas frentes de pesquisa globalmente, incluindo estudos epidemiológicos, performance nutricional e nutrição clínica. “Os projetos são submetidos e avaliados por nossos comitês de ética e científico. Após validação, os pesquisadores ou instituições iniciam suas pesquisas locais com o acompanhamento de nossa equipe científica”, detalha.

Para a executiva, o patrocínio do Prêmio Waltham de Pesquisa beneficia a comunidade científica ao estimular estudos de alta qualidade, proporcionando reconhecimento e visibilidade aos pesquisadores. “Nosso objetivo é incentivar novos pesquisadores e contribuir para a inovação na nutrição, saúde e bem-estar animal. O prêmio permite que os pesquisadores visitem o Instituto Waltham e participem do Congresso Internacional do ESVCN, ampliando suas oportunidades de aprendizado e networking”, destaca.

De acordo com Carla, a Royal Canin está constantemente avaliando novas oportunidades para expandir seu apoio à pesquisa científica e compartilhamento de conhecimento técnico. “Avançar na nutrição e saúde animal, assim como na formação da classe veterinária, é uma prioridade para nós. Apoiamos pesquisas de colégios, associações de classe, pesquisadores e professores da área clínica, além das principais universidades do país”, ressalta.

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