Dezembro Verde é o mês dedicado à conscientização sobre o abandono de animais, um problema que afeta cerca de 30,2 milhões de cães e gatos no Brasil, segundo o Índice de Abandono Animal de 2024. Esse número preocupante reflete a negligência e a falta de responsabilidade de muitos tutores que, por diferentes motivos, optam por abandonar seus animais, deixando-os expostos às condições precárias das ruas e, muitas vezes, de abrigos que já enfrentam superlotação e carecem de recursos.
Para transformar esse cenário, é fundamental reforçar que a adoção de animais deve ser uma decisão consciente e responsável. Muitos pets acolhidos por abrigos carregam traumas profundos, frutos de um abandono cruel, seja porque foram comprados sem planejamento ou adotados sem reflexão. Por isso, ao optar por adotar, é indispensável compreender a responsabilidade envolvida, garantindo ao animal um lar acolhedor, seguro e cheio de paciência para ajudá-lo a superar suas experiências traumáticas.
O abandono de animais não é apenas um ato cruel, mas também uma demonstração clara da falta de planejamento e do despreparo de quem não compreende a verdadeira responsabilidade de cuidar de um ser vivo. A conscientização é o primeiro passo para combater essa prática e construir uma sociedade mais empática e comprometida com o bem-estar animal.
“Adotar um animal é mais do que oferecer afeto, é garantir cuidados diários e comprometimento. Os tutores precisam assegurar alimentação adequada, cuidados veterinários regulares e a castração, que não só contribui para a saúde do pet, mas também ajuda a combater a superpopulação de animais abandonados”, explica Kelly Carreiro, médica-veterinária da Special Dog Company, empresa com mais de 20 anos de experiência em nutrição de pets.
A escolha do animal também deve ser feita com consciência, levando em conta as necessidades específicas de cada espécie. “Cães, por exemplo, são mais dependentes e necessitam de mais atenção, enquanto gatos geralmente são mais independentes e tranquilos”, diz a especialista.
É importante lembrar que a posse responsável vai além da adoção em si e envolve respeito ao processo de adaptação do animal ao novo lar. Esse processo pode ser desafiador e variar de dias a meses, dependendo do histórico do pet. O ambiente precisa ser seguro, com espaços adequados e proteção contra riscos. Além disso, é essencial que o tutor considere o tempo e a energia que pode dedicar ao novo integrante da família. Filhotes exigem mais cuidados e atenção, enquanto animais adultos, em geral, são mais tranquilos e se adaptam com mais facilidade.
Abandonar um animal não é a solução para as dificuldades que possam surgir. Pelo contrário, a adoção responsável exige planejamento financeiro e emocional. Cuidar de um pet inclui visitas regulares ao veterinário, controle de vacinas, prevenção de vermes e pulgas, além de uma alimentação de qualidade.
A castração, nesse contexto, é uma das práticas mais importantes. Além de proporcionar benefícios à saúde do animal, ajuda a evitar a proliferação de ninhadas indesejadas, que frequentemente acabam nas ruas ou em abrigos superlotados. “A castração é essencial para o controle da população de animais e para garantir uma vida mais saudável aos pets”, conclui Kelly.
Fonte: Special Dog Company, adaptado pela Equipe Cães e Gatos.
FAQ
Como a Campanha Dezembro Verde atua conta o abandono de animais?
A conscientização é o primeiro passo para combater essa prática e construir uma sociedade mais empática e comprometida com o bem-estar animal.
Quais as funções do tutor ao adotar um animal?
Os tutores precisam assegurar alimentação adequada, cuidados veterinários regulares e a castração, que não só contribui para a saúde do pet, mas também ajuda a combater a superpopulação de animais abandonados
Quais os benefícios da castração para o controle da população de animais?
Além de proporcionar benefícios à saúde do animal, ajuda a evitar a proliferação de ninhadas indesejadas, que frequentemente acabam nas ruas ou em abrigos superlotados.
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