Os Estados Unidos continuam a ser os maiores importadores de vida selvagem no mundo, de acordo com uma pesquisa publicada na revista PNAS (Proceedings of the National Academy of Sciences). O estudo revela que, entre 2000 e 2022, mais de 2,85 bilhões de animais selvagens foram importados para o país, representando cerca de 29.445 espécies. O comércio inclui uma grande quantidade de aracnídeos, peixes e insetos, com os aracnídeos liderando a lista. O estudo alerta para os riscos ambientais dessa prática, que pode afetar a biodiversidade global.
A pesquisa utilizou dados do Sistema de Gestão da Informação da Lei (Lemis), que registrou mais de 8,7 milhões de entradas únicas de animais durante o período analisado. Entre esses animais, mais de 2,8 bilhões foram contabilizados em termos de volume total de entrada no mercado legal dos Estados Unidos. A análise dos dados revelou que os mamíferos terrestres foram as espécies mais comercializadas, seguidos pelos aracnídeos. Além disso, a pesquisa cruzou essas informações com a lista da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas (CITES), identificando 8.116 espécies de plantas e um total de 29.445 espécies negociadas.

O estudo também classificou a origem dos animais em três categorias: natureza, “rancheamento” e cativeiro. O “rancheamento” refere-se à prática de capturar ovos ou juvenis da natureza para criação em cativeiro, sendo um processo que afeta especialmente mamíferos terrestres e aracnídeos. A pesquisa destacou que a maioria das espécies de mamíferos marinhos comercializadas ainda são retiradas do habitat natural, ao contrário de outras espécies como equinodermos e cnidários, que são extraídos com mais frequência da natureza para o comércio. Esse comércio global de animais selvagens é considerado a terceira maior troca ilegal de mercadorias no mundo, perdendo apenas para o tráfico de drogas e armas.
O impacto ambiental do comércio de vida selvagem é preocupante, pois pode comprometer ecossistemas locais e ameaçar espécies já vulneráveis. Além disso, o estudo ressalta a importância de uma regulação mais rigorosa e de ações internacionais coordenadas para proteger a biodiversidade global e coibir o tráfico de animais. A crescente demanda por animais exóticos e produtos derivados da fauna coloca em risco a sobrevivência de diversas espécies e a integridade dos habitats naturais.
Fonte: Poder 360, adaptado pela equipe Cães e Gatos
FAQ
1. Quais são os principais animais importados pelos Estados Unidos no comércio de vida selvagem?
O comércio de vida selvagem nos Estados Unidos é liderado por aracnídeos, peixes e insetos, com os aracnídeos ocupando a maior parte das importações. O estudo revelou que mais de 2,85 bilhões de animais de cerca de 29.445 espécies foram importados entre 2000 e 2022, com mamíferos terrestres sendo uma das categorias mais comercializadas.
2. Quais são os impactos ambientais do comércio de vida selvagem?
O comércio de vida selvagem tem sérios impactos ambientais, como a ameaça à biodiversidade global e o risco de extinção de várias espécies. A extração de animais da natureza para o comércio pode desestabilizar ecossistemas locais e afetar negativamente os habitats naturais. O estudo também destaca que esse comércio é uma das principais causas de danos à fauna e à flora global.
3. O que é o “rancheamento” e como ele afeta os animais?
O “rancheamento” é uma prática que envolve a captura de ovos ou juvenis de animais na natureza para serem criados em cativeiro. Esse processo afeta principalmente mamíferos terrestres e aracnídeos. Além disso, a maioria das espécies de mamíferos marinhos comercializadas são capturadas diretamente de seus habitats naturais, enquanto outras espécies, como equinodermos e cnidários, são frequentemente retiradas da natureza para o comércio.
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