A formação voltada ao cuidado com os animais é ampla, mesmo quem cursou a medicina veterinária tem uma vasta opção de especializações e caminhos a seguir. Em alguns países como o Reino Unido a tendência tem sido voltada à enfermagem veterinária.
Licenciada em 2012, a portuguesa, Catarina Gonçalves, saiu de seu país de origem para construir carreira no Reino Unido após o surgimento de uma oportunidade de atuar como enfermeira veterinária. A profissional conta que a média de 1,2 enfermeiros para cada médico e que ainda assim, não é suficiente.
Com a forte demanda, os profissionais do país europeu veem uma oportunidade de crescimento profissional neste nicho. A profissão, já consolidada no Reino Unido, tem suas funções muito bem definidas e que vão de encontro com as necessidades das clínicas e hospitais onde trabalham.
Formação ainda desvalorizada em algunspaíses, segundo profissionais (Foto: reprodução)
As funções costumam variar de acordo com o turno de trabalho quer elas sejam de bloco operatório, de consultas ou de internamento. Entre as tarefas executas pelos profissionais estão a admissão dos pacientes cirúrgicos, certificação das medicações, colocação dos cateteres intravenosos, monitoramento de anestesias, entre outras.
“A continuidade é muito importante não só para os proprietários, mas também para o cuidado do animal. Em turnos de consultas, por exemplo, acabo por passar o dia mais em contato com os proprietários e os seus animais. Desde consultas preventivas e informativas até consultas pós-operativas, de pediatria, geriatria, mobilidade, maneio de diabetes e casos renais”, explica Gonçalves.
Um dos pontos destacados pela profissional é a falta de reconhecimento da área. Gonçalves expõe que Portugal possui excelentes universidades voltadas à medicina veterinária, mas pouca formação para enfermagem. Para ela, é preciso mudar a mentalidade sobre esse tipo de curso, além de citar que ainda existe uma guerra financeira encima das graduações.
Fonte: Veterinária Atual, adaptado pela equipe Cães&Gatos.