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Clínica e Nutrição

FILHOTES DE RATOS DO MESMO SEXO SÃO REPRODUZIDOS COM CÉLULAS-TRONCO

FILHOTES DE RATOS DO MESMO SEXO SÃO REPRODUZIDOS COM CÉLULAS-TRONCO Essa foi a primeira vez que o estudo obteve resultado positivo em mamíferos
Por Equipe Cães&Gatos
Por Equipe Cães&Gatos

Essa foi a primeira vez que o estudo obteve resultado positivo em mamíferos

Uma nova técnica que utiliza células-tronco modificadas pode mudar o rumo da ciência. Os pesquisadores que estão trabalhando no estudo conseguiram reproduzir descendentes de ratos viáveis de casais do mesmo sexo graças a técnica.

A partir da análise, os pesquisadores desenvolveram um complexo processo de manipulação genética com o qual foram eliminadas anomalias geradas no processo reprodutivo de casais do mesmo sexo.

O que torna isso possível, é fato de que os mamíferos geralmente herdam dois conjuntos de genes, um da mãe e outro do pai. Mas um grupo químico do DNA associado ao sexo, conhecida como “impressão genética”, é herdada de um único genitor.

No caso dos mamíferos, o subconjunto do outro genitor fica inativo, pois  é apagado ao transmiti-lo. Entretanto, se o processo de apagamento não funcionar corretamente, o filhote pode sofrer anomalias ou até morrer. Por isso, todo estudo é cauteloso, já que a mistura de material genético de casais do mesmo sexo apresenta o risco de os bebês receberem dois conjuntos de impressões genéticas.

Essa é a primeira vez que o método obteve sucesso, em relação aos mamíferos. Já que muitas espécies de animais são capazes de se reproduzir com métodos que não exigem um casal formado por macho e fêmea, como acontece com répteis, anfíbios e peixes.

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Testes poderiam melhorar os tratamentos de fertilidade para casais do mesmo sexo (Foto: reprodução)

“Estávamos interessados na questão de por que os mamíferos só podem experimentar a reprodução sexual”, disse o coautor do estudo, Qi Zhou, da Academia Chinesa de Ciências.

Como funciona. O estudo usou células-tronco embrionárias haploides, que se parecem com as “células germinativas originais, as precursores dos óvulos e dos espermatozoides”, de acordo com outro coautor, Baoyang Hu.

Parte dos embriões testados conseguiram viver até a idade adulta e se reproduzir normalmente. Mas os ratos obtidos a partir de dois conjuntos de material genético masculino, que foram injetados em um óvulo de rato cujo núcleo fora removido e, portanto, o material genético feminino, sobreviveram apenas 48 horas.

Retorno. Os pesquisadores planejam estudar por que o processo não funcionou. O estudo foi avaliado como de ponta pelo pesquisador de células-tronco do King’s College, em Londres, Dusko Ilic.

“Sobre diferentes aspectos da reprodução entre mamíferos, se abre novas portas para futuras pesquisas. Explorar como aplicar tecnologias semelhantes no futuro próximo para os seres humanos é impossível. O risco de anomalias graves é muito alto, e serão necessários muitos anos de pesquisa com diferentes animais para saber como se poderia fazer isso com segurança”, afirma à agência SMC.

Fonte: El País, adaptado pela equipe Cães&Gatos.

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