Um estudo, que teve início em 2014, no Reino Unido, aponta que a fase complicada da adolescência também pode existir entre os animais. Segundo um dos desenvolvedores, a zoóloga e especialista em comportamento animal e bem-estar, Naomi Harvey, muitos tutores de cães ou treinadores testemunharam colapsos comportamentais em cães adolescentes, mas tais mudanças não foram documentadas cientificamente até agora.
“Como parte de nossa pesquisa mais ampla de seis anos de projeto, financiado pela Guide Dogs Reino Unido, nossa equipe estava coletando uma série de dados comportamentais diferentes sobre cães-guia durante seu primeiro ano de vida para nos ajudar a identificar o quão cedo poderíamos prever se os cães são adequados para orientar o trabalho ou não”, relembra.
Mas, nesse momento, perceberam que também poderíamos utilizar esses dados para analisar se os cães mostram essa quebra de obediência aos seus tutores quando passam pela puberdade. “E, ainda, se havia outros paralelos com a adolescência humana, investigando a ligação entre o tipo de apego que o cão tem com seu tutor e o tempo da puberdade”, afirma.
De acordo com Naomi, foram estudados 285 cães-guia estagiários quando tinham cinco meses (pré-puberdade), oito meses (durante a puberdade) e 12 meses (pós-puberdade) de idade utilizando diversos métodos. “Coletamos dados comportamentais utilizando questionários de comportamento validados, preenchidos tanto por seu tutor quanto por seu supervisor de treinamento de cães-guia, bem como observações comportamentais diretas de um subconjunto menor dos mesmos cães para nos permitir confirmar o que os tutores e treinadores relataram nos questionários”, explica.
Confira os resultados dos estudos, na reportagem em Tome Nota, da edição de julho da C&G VF. Clique aqui.
Fonte: Redação Cães&Gatos VET FOOD.