Primeira mulher brasileira a presidir um Comitê, o Vaccination Committee da World Small Animal Veterinary Association (WSAVA), a Dra. Mary Marcondes é um exemplo da excelência técnica e científica que o Brasil exporta para o mundo. Em entrevista exclusiva, ela fala sobre sua trajetória, os avanços nas diretrizes de vacinação, os desafios da inclusão global e a relevância crescente do Brasil no cenário internacional.
Revista Cães&Gatos – Dra. Mary, poderia nos contar um pouco sobre sua formação e os principais marcos da sua trajetória profissional?
Dra. Mary Marcondes – Sou graduada em Medicina Veterinária pela USP, onde realizei residência em clínica médica e cirurgia de pequenos animais. Posteriormente, fiz mestrado na Unesp de Botucatu e doutorado na USP. Realizei ainda dois pós-doutorados, um em leishmaniose e outro em enfermidades infecciosas na Universidade da Califórnia, Davis. Fui professora na Unesp de Araçatuba por 26 anos, onde consolidei minha formação científica.
Revista Cães&Gatos – Quais fatores a direcionaram para a medicina veterinária de pequenos animais e a área acadêmica? Dra. Mary Marcondes – Iniciei o curso com interesse em grandes animais, mas um estágio em clínica de pequenos animais mudou meu direcionamento. Encantei-me com a medicina de pequenos animais e percebi que a carreira acadêmica permitiria unir prática clínica à pesquisa científica, duas paixões que sempre me motivaram.
Revista Cães&Gatos – O que representa para a senhora ser presidente do Comitê de Vacinações da WSAVA? Dra. Mary Marcondes – Representa uma honra muito grande acompanhada de muita responsabilidade. Reconheço que essa posição não é um mérito apenas meu, mas o reflexo de um trabalho coletivo, de muitos colegas e mentores que caminharam junto comigo ao longo da carreira. A WSAVA valoriza o conhecimento sem distinção de origem ou gênero, e liderar esse Comitê é uma vitória pessoal e coletiva, para o Brasil e a América Latina.
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