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Clínica e Nutrição, Destaques

Acupuntura é aliada no tratamento de cães com cinomose

Sessões ajudam a reverter sintomas neurológicos e melhorar a qualidade de vida do paciente
Por Cláudia Guimarães
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Por Cláudia Guimarães

A acupuntura é um tratamento com agulhas que utiliza pontos pré-determinados no corpo do paciente e auxilia o tratamento de diversas enfermidades, entre elas, a cinomose. Quando esses pontos são estimulados, no caso desta doença em específico, há redução das sequelas como espasmos e mioclonias musculares, controle de dor e relaxamento do paciente, controlando os sintomas neurológicos centrais como vocalização e agitação.

A acupuntura utiliza pontos pré-determinados no corpo do paciente e auxilia o tratamento de diversas enfermidades (Foto: reprodução)

Quem nos explica é a médica-veterinária especializada em Fisioterapia e Reabilitação, que atende na rede de hospitais Pet Care, Renata Achkar. Ela conta que, a partir do estímulo do acuponto com agulha seca, moxabustão, acupressão ou laserpuntura, há uma cascata de acontecimentos no organismo, como: melhora da oxigenação celular e a função metabólica, ativação do sistema imunológico, estímulo nervoso central na regulação das sinapses, modulação do sistema nociceptivo devido à liberação de opióides endógenos e melhora do sistema linfático local.

Renata revela os principais objetivos ao utilizar a acupuntura nestes casos: “Reverter sintomas neurológicos e melhorar diretamente a qualidade de vida do paciente, para que  consiga realizar suas atividades diárias com maior independência possível, como caminhar, alimentar-se e brincar o melhor possível dentro de cada caso”.

Para instituir o tratamento, é preciso avaliar o grau de comprometimento e a frequência necessária. “Em casos de lesões neurológicas, a frequência das sessões é maior do que outras enfermidades e requerem alguns estímulos diários”, elucida.

Tratamento em andamento

Paciente mais calmo, menor vocalização e melhora de espasmos são alguns benefícios da acupuntura nestes casos (Foto: reprodução)

Renata expõe que a frequência e a durabilidade do tratamento com acupuntura para esses pacientes dependem do grau das  lesões, sequelas do pet e estágio da doença. “O tempo também interfere bastante. Quanto antes iniciar o tratamento, menor sequelas e maior chance de recuperação do paciente. Normalmente, inicia-se com sessões duas vezes por semana, durante três meses. Após esse período, dependendo da resposta do paciente, realiza-se uma vez por semana até a recuperação total. Associa-se, também, a fisioterapia e/ou a ozonioterapia, para aumentar e acelerar a recuperação. Em casos mais graves, podemos até  indicar dias alternados”, discorre.

Neste processo terapêutico, segundo Renata, o tutor e médico-veterinário pode notar alguns sinais de melhora nos pets, que podem ser: paciente mais calmo, menor vocalização, melhora de espasmos e mioclonias, maior controle de movimentos e melhor qualidade do sono.

Mas Renata salienta: “Precisamos lembrar a importância do tratamento multimodal, resultando em melhor recuperação e chance de cura, assim como melhor qualidade de vida do paciente. A acupuntura se junta ao tratamento convencional estipulado pelo veterinário para eliminar a doença, para inibir o aparecimento das sequelas e diminuir a quantidade de medicamentos, já que se trata de uma terapia pouco invasiva e muito confortável. Também auxilia a acelerar a eliminação do fator patogênico no organismo do animal, tendo a melhora clínica do mesmo”, finaliza.

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