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ADVOGADO ALERTA VETERINÁRIOS SOBRE OS RISCOS DO MAU USO DO WHATSAPP

Por Equipe Cães&Gatos
Por Equipe Cães&Gatos

Levando em consideração o fato de inúmeros médicos-veterinários, clínicas e empresas sofrerem ações de indenização por conta de situações envolvendo animais de estimação e outros, o advogado Giuliano Miotto destaca tipos de mau uso do WhatsApp. Em muitos casos, o aplicativo tem sido utilizado pelos clientes como prova de que teria havido, ou não, uma ação ou omissão do profissional, de acordo com Miotto. 

Há notícias, até mesmo, como menciona Miotto, de profissionais que foram demitidos de seus empregos por conta do mau uso dessa ferramenta de comunicação ou que a utilizaram como base para ações trabalhistas. “O fato é que o WhatsApp se transformou em uma das principais ferramentas de comunicação entre as pessoas e, por conta disso, também em um importante elemento de prova judicial”, afirma. Assim, o advogado listou três pequenas dicas que podem ajudar o médico-veterinário a evitar a formação de provas contra si. 

A primeira delas é evitar a prescrição de remédios ou tratamentos pelo WhatsApp. Ele conta que um veterinário estava prestes a fazer uma viagem e foi chamado com urgência por uma cliente, cujo cachorro estava tendo convulsões, à beira da morte. “O profissional foi atender, solicitou exame de sangue e não foi possível fazer um diagnóstico mais aprofundado e, na pressa, ainda prescreveu pelo WhatsApp um remédio que ajudava a melhorar a condição do cachorro, mas não resolvia de todo a situação. Como resultado, o animal veio a óbito, a pessoa se sentiu muito ofendida porque o médico-veterinário viajou e não ficou cuidando do animal. Logo entrou com uma ação de indenização pedindo uma fortuna e boa parte das provas utilizadas eram as conversas que tinham tido via aplicativo de mensagens”, conta. 

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Profissional afirma que pequenas atitudes podem evitar problemas futuros com clientes (Foto: reprodução)

A segunda dica é prestar atenção no que vai responder ao cliente. “Nessa mesma história, o médico-veterinário, constrangido pelas ameaças e lamentações do cliente, enviou uma mensagem pedindo desculpas e chegou a dizer que poderia ter errado no diagnóstico, tendo em vista a pressa de viajar. Claro que a pessoa pegou essa frase fora de contexto e alegou na ação que o profissional estaria confessando um erro na prestação do serviço”, expõe. 

Dar opinião sobre animais não atendidos é a terceira dica do advogado. “Em outro caso, de uma clínica veterinária, uma família levou uma cadela que havia acabado de dar à luz, para fazer um tratamento e cirurgia em face de uma doença contagiosa. A cadela veio a óbito. Embora alertados, eles não levaram os filhotes para verificar se haviam sido contaminados e os mesmos vieram a óbito também. Como a médica-veterinária que atendeu o caso, enviou mensagens perguntando sobre a situação dos filhotes e ainda sugerindo que determinados medicamentos ou tratamentos fossem aplicados, a família usou isso como prova e entrou com uma ação de indenização”, narra. 

Na visão de Miotto, são pequenas atitudes com o WhatsApp e levar em conta a necessidade de se ter cuidado com o que se escreve e como se interage com os clientes, podem evitar problemas futuros com clientes.

A C&G também publicou uma reportagem contando o quanto falsas denúncias podem trazer problemas para a profissão do médico-veterinário. Clique aqui e confira.

Fonte: CRMV-GO, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.

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