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Pets e Curiosidades

Alerta de baixas temperaturas: Como minimizar as dores articulares dos pets idosos no frio?

Durante o inverno é comum que as dores articulares se intensifiquem e causem desconfortos nos animais; alguns cuidados simples em casa podem ajudar a diminui-las
Por Equipe Cães&Gatos
mulher de cabelos brancos abrançando um Pug de pelos pretos e bracos
Por Equipe Cães&Gatos

Com a chegada do inverno aumentam as preocupações com a saúde dos pets, especialmente os idosos. Dentre os problemas mais agravados nessa época estão as dores articulares. O motivo é simples, as baixas temperaturas tendem a intensificar a sensação dolorosa, o que requer cuidados especiais para amenizar os desconfortos.

Existem algumas enfermidades que podem causar dores nos cães e gatos idosos. Nos cães as mais comuns são osteoartrite, alterações em joelho, displasia coxofemoral, displasia de cotovelo e as discopatias. Já nos gatos, por mais que seja menos diagnosticado, o principal problema é a osteoartrite, que acomete as articulações da coluna e os membros pélvicos do animal.

“O frio tende a causar rigidez muscular e provoca a diminuição da lubrificação das articulações, o que agrava dores já existentes e reduz a mobilidade dos pets. Em animais com osteoartrite, por exemplo, os sintomas ficam mais evidentes no inverno, com dificuldade de levantar, caminhar ou subir escadas. Os gatos demonstram a dor articular de outra maneira, deixando de urinar e defecar e ficando mais quietinhos nesse período”, explica a médica-veterinária e docente do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Jaguariúna (UniFAJ), Aline Ambrogi.

Segundo a profissional, quando o pet já é idoso esse sofrimento pode ser ainda maior, pois no inverno a tendência à inatividade aumenta, o que reduz a circulação sanguínea e a mobilidade das articulações. Além disso, o frio intensifica a rigidez articular e a dor, agravando o quadro clínico em animais que já têm desgaste nas articulações.

Ainda de acordo com ela, algumas raças têm predisposição genética a doenças articulares. Em cães, por exemplo, pastor alemão, labrador retriever, golden retriever e rottweiler são propensos à displasia e artrose. Em gatos, a raça maine coon pode também ter displasia coxofemoral.

Como no inverno os animais tendem a ficar mais inativos, pode ocorrer uma redução da circulação sanguínea e da mobilidade das articulações, agravando as dores (Foto: Reprodução)

Sinais de alerta

A médica veterinária da UniFAJ alerta que com as baixas temperaturas é preciso ficar atento aos sinais de desconforto nos cães e gatos. Entre os mais comuns estão dificuldade para se levantar, andar com rigidez, mancar, relutância para pular e/ou subir escadas, desinteresse por brincadeiras, mudanças de humor, vocalizações de dor ao se movimentar ou ser tocado, dificuldade para urinar ou defecar e perda de apetite.

“Cada doença articular pode comprometer a qualidade de vida do animal. A osteoartrite causa dor crônica, limitação de movimentos e atrofia muscular. Displasias e luxações podem causar instabilidade, inflamação e deformidades ósseas, comprometendo a locomoção e causando sofrimento contínuo”, explica Aline, pontuando que em casos muito graves, alguns cães não conseguem se levantar para fazer necessidades básicas.

Minimizando as dores dos pets idosos

A docente da UniFAJ afirma que alguns cuidados são importantes para que o animal não sofra com o desconforto causado pelas doenças articulares em decorrência das baixas temperaturas.

“É importante lembrar que o envelhecimento é um processo natural, mas não deve ser sinônimo de dor ou limitação. No frio os animais até tendem ficar mais quietinhos no canto deles, mas é preciso acompanhá-los de perto”, alerta.

Ambrogi também complementa que a Medicina Veterinária evoluiu muito no âmbito de manejo da dor e das doenças articulares. Graças a isso, com cuidados simples, atenção aos sinais e acompanhamento veterinário, é possível garantir conforto e bem-estar para cães e gatos idosos, inclusive nos meses mais frios do ano. “Terapias complementares, como acupuntura, fisioterapia e laserterapia podem ser muito eficazes também”, ressalta.

Para auxiliar os tutores, a médica-veterinária dá algumas dicas:

  • Proporcione um ambiente confortável: é importante manter os pets locais aquecidos, evitar pisos escorregadios e usar caminhas confortáveis e elevadas. Também deve-se protegê-los de correntes de ar, chuva e frio extremo, especialmente se dormem fora de casa;
  • Corpo sempre em movimento: incentive caminhadas curtas e frequentes. Os exercícios leves mantêm a circulação e evitam a atrofia muscular;
  • Alimentação de qualidade: é indicado fornecer uma dieta equilibrada e rica em ômega-3, água sempre fresca e utilizar condroprotetores, como glucosamina, condroitina e colágeno, que podem auxiliar na saúde articular;
  • Atenção aos sinais: é fundamental que os tutores fiquem atentos aos sinais de hipotermia, como tremores fortes, mucosas azuladas, respiração lenta e letargia;
  • Diagnóstico precoce e tratamento: ao notar sinais de dor do animal deve-se procurar por ajuda profissional. O diagnóstico precoce e o manejo adequado evitam sofrimento e retardam a progressão das doenças articulares.

Fonte: UniFAJ, adaptado pela equipe Cães e Gatos.

FAQ

Por que as dores articulares dos pets se intensificam no frio?

Existem alguns motivos para a dores articulares ficarem mais intensas no frio. Um deles é a tendência a rigidez muscular, que diminui a lubrificação das articulações e agrava as dores. Outro ponto importante é a diminuição da mobilidade, que reduz a circulação sanguínea.

Quais são as doenças articulares mais comuns em cães e gatos?

Nos cães as doenças articulares mais comuns são osteoartrite, displasia coxofemoral, alterações em joelho, discopatia e displasia de cotovelo. Nos gatos a mais recorrente é a osteoartrite.

Como diminuir as dores articulares dos pets no inverno?

Alguns cuidados simples podem ajudar a minizar as dores dos pets no inverno. Dentre eles estão manter os animais em locais aquecidos, confortáveis e longe do frio, fornecer alimentação de qualidade, buscar ajuda profissional sempre que houverem sinais de dor e incentivar caminhadas e exercícios leves para promover a circulação sanguínea.

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