Técnica é uma opção de tratamento sem comprovação científica
A ozonioterapia (mistura de ozônio e oxigênio) para fins de tratamento ainda é desprovida de comprovação científica e, por enquanto, não tem seu uso permitido na prática clínica de animais. Essa é a afirmação presente no artigo publicado no portal da Universidade Federal Fluminense (UFF, Niterói/RJ), pelo presidente da Comissão de Ética e Legislação (Conel), do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV, Brasília/DF), Ismar Araújo de Moraes, aborda a questão: o uso da ozonioterapia está dentro dos preceitos éticos da Medicina Veterinária?
De acordo com ele, o Código de Ética do Veterinário esclarece que qualquer tratamento a ser indicado para um paciente deverá contar com as explicações necessárias para que o cliente fique ciente dos riscos trazidos pela terapêutica para o seu animal. Como a ozonioterapia ainda não foi devidamente testada e comprovada, não há como um profissional alertar seus clientes quanto a possíveis riscos. “Isso por si só já impossibilita a sua indicação dentro do que prevê a ética profissional. Agrava-se o fato, pois submeter um animal a riscos desnecessários poderá ser considerada prática de ato cruel contra ele, o que é novamente vedado pelo código de ética”, destaca o veterinário.
Assim, segundo Moraes, conclui-se que o tratamento exclusivamente por meio a utilização de ozônio deverá ser considerado como não recomendado, haja vista a prerrogativa da atividade do veterinário em zelar pelo bem estar do animal, sempre com o melhor de sua capacidade, e a previsão de punições por infração ao código de ética do profissional que concorre inclusive para o risco de suspensão do seu exercício profissional.
Fonte: CFMV, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.