Já sabemos que a obesidade é uma doença e deve ser encarada como tal. Mas, então, como os tutores podem combater o problema em seus animais de estimação?
Como tudo que engloba a saúde e o bem-estar dos pets, a obesidade é um quadro que deve ser acompanhado por um médico-veterinário qualificado. Com a ajuda desse profissional, o tutor deve passar a oferecer dietas controladas e estimular exercícios regulares, tudo isso aliado a uma reeducação alimentar tanto para o animal quanto para o responsável. “Essas medidas ajudam a promover uma condição corporal saudável e prevenir o ganho excessivo de peso”, destacam as médicas-veterinárias Márcia de Oliveira Sampaio Gomes e Layne Carolina Pereira, no livro “Obesidade em Animais de Companhia”, do médico-veterinário e editor Fabio Alves Teixeira e das coeditoras Mariana Yukari Hayasaki Porsani e Vivian Pedrinelli.
Entre as estratégias recomendadas pelas profissionais, está o monitoramento da pontuação de condição corporal (ECC). “O ECC deve ser avaliado periodicamente para ajustar a dieta e a rotina de exercícios, de acordo com as necessidades individuais do animal”, informam.
Durante a fase inicial de reeducação alimentar, é essencial substituir petiscos ou outros alimentos de alta densidade calórica por opções mais saudáveis, como frutas ou legumes seguros para animais de estimação. “Também é recomendado dividir a alimentação em porções menores ao longo do dia, o que pode ajudar a reduzir o apetite excessivo”, adicionam.
Foco na alimentação e na atividade física
A alimentação deve ser oferecida, como comentam as especialistas, de maneira controlada, sendo ideal o uso de copos medidores ou balanças para garantir a quantidade correta e evitar erros que podem levar ao ganho de peso. “Alimentos úmidos devem ser utilizados com cautela devido à alta densidade calórica, permitindo o oferecimento de menores porções”, indicam.
Em relação aos petiscos, estes devem ser limitados s 10% da necessidade energética diária do animal. “Além disso, o tutor deve ser orientado a evitar deixar o animal acessar a cozinha durante o preparo de alimentos ou a mesa durante as refeições”, salientam.
Além dos cuidados com os alimentos, atividades físicas são fundamentais para a promoção do gasto energético e a manutenção da massa muscular. “Para cães, caminhadas diárias de pelo menos 30 minutos são recomendadas. Para gatos, sessões de brincadeiras (1 a 3 minutos) em diferentes momentos do dia são suficientes para manter um nível saudável de atividade”, ensinam.
Por fim, as profissionais reiteram que a obesidade é uma doença que possui estigmas sociais, dificultando a conversa sobre ela e o esclarecimento sobre como preveni-la. “Mesmo quando abordada, essa enfermidade em animais de estimação, geralmente, envolve um tutor que possui forte vínculo afetivo com seu animal de estimação. Esses estigmas imputam aos tutores um papel fundamental na criação de um manejo obesogênico, que limita a busca por tratamento”, frisam. Nesses casos, os veterinários devem ter como principais ferramentas a assertividade na comunicação e a busca implacável para prevenir a doença.
FAQ
Como os tutores podem ajudar seus pets a combater a obesidade?
Os tutores podem oferecer dietas controladas, estimular exercícios regulares e adotar uma reeducação alimentar tanto para os animais quanto para si mesmos. Essas medidas promovem uma condição corporal saudável e previnem o ganho excessivo de peso.
Qual a importância do monitoramento da Pontuação de Condição Corporal (ECC)?
O ECC é essencial para ajustar a dieta e a rotina de exercícios conforme as necessidades individuais do animal. Avaliar periodicamente essa classificação permite que o médico-veterinário acompanhe a evolução do animal de estimação e faça modificações no plano de manejo para garantir um peso saudável.
Quais práticas alimentares podem ajudar a prevenir a obesidade em cães e gatos?
Os tutores devem usar copos medidores ou balanças para garantir a quantidade correta de alimento, dividir a alimentação em porções menores ao longo do dia e limitar os petiscos a 10% da necessidade energética diária. Substituir alimentos calóricos por opções saudáveis, como frutas e legumes seguros, também é recomendado.
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