Alimentar os cães com carne de frango crua pode aumentar em cerca de 70% o risco de os animais desenvolverem paralisia. A conclusão é de um estudo da Universidade de Melbourne (Austrália), que procurou analisar a relação entre a bactériaCampylobacter e a Polirradiculoneurite Aguda em cães.
Estudo envolveu uma amostra de 27 cães com sintomasde Polirradiculoneurite Aguda e 47 cães sem qualquer tipode sintomas da patologia (Foto: reprodução)
Um dos investigadores envolvidos no estudo, Matthias le Chevoir, afirma que a causa da Polirradiculoneurite Aguda nos animais tem desconcertado a comunidade veterinária durante muito tempo. “É uma condição rara, mas debilitante, que, em uma primeira fase, faz com que as pernas traseiras dos cães fiquem fracas. Depois pode progredir e afetar as pernas frontais, o pescoço, a cabeça e o focinho. Alguns cães podem até morrer por causa da doença se os seus peitos ficarem paralisados”, frisa.
De acordo com a comunidade científica, a paralisia pode resultar por conta do sistema nervoso do animal ficar desregulado e começar a “atacar” as suas próprias terminações nervosas, uma condição quer tem tendência para piorar de forma gradual.
O estudo sugere que a bactéria Campylobacter, presente em carne de frango crua ou mal cozinhada, leite não pasteurizado ou água contaminada, pode ser a responsável por desencadear esta condição em cães.
A investigação envolveu uma amostra de 27 cães com sintomas de Polirradiculoneurite Aguda e 47 cães sem qualquer tipo de sintomas da patologia que foram submetidos a vários exames físicos, nomeadamente a uma recolha de matéria fecal que foi analisada para a presença da bactéria. Conheça o estudo em detalhe aqui.
Fonte: Veterinária Atual, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.