Procedimento é indicado para cirurgias ortopédicas em membros pélvicos
A anestesia epidural, também chamada de peridural ou extradural, é um tipo de anestesia regional, segmentar e temporária, produzida por fármacos anestésicos em diferentes concentrações e doses, depositadas no canal espinhal ao redor da dura-máter.
Utilizada com a intenção de realizar o bloqueio motor e sensitivo de uma área pré-determinada, seus efeitos dependem, principalmente, do nível atingido pelo bloqueio e este é determinado pela altura da injeção e massa anestésica injetada.
De acordo com a médica-veterinária Patrícia Bonifácio Flôr, a abordagem ao espaço epidural pode ser executada em diferentes níveis e, na Medicina Veterinária, tradicionalmente, é empregada a abordagem ao espaço epidural na região lombossacral ou sacroccígea. “Quando fazemos esse tipo de abordagem, as indicações se restringem mais a cirurgias em membros pélvicos, cirurgias perianais, perineais e mesogástricas”, explica. As injeções peridurais devem ser realizadas com medicamentos sem conservantes, para evitar os efeitos tóxicos produzidos por eles à medula espinhal.
Patrícia explica que a peridural não é uma técnica livre de efeitos adversos e uma de suas complicações mais comuns é a ocorrência de hipotensão, que, em pacientes estáveis, é facilmente contornável, mas em paciente com hipovolemia não tratada, severamente desidratado, em sepse ou choque, pode ocorrer um agravamento relevante dos quadros, levando a um estado irreversível. “Em animais com distúrbios de coagulação também devemos evitar a técnica, pois o espaço peridural é ricamente vascularizado e não é incomum a punção inadvertida que, em pacientes com distúrbios de coagulação, pode levar a hematomas subdurais”, comenta.
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Fonte: Redação Cães&Gatos VET FOOD.