Uma iniciativa de pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC, Fortaleza/CE) utilizou, pela primeira vez, pele de tilápia no tratamento de pacientes com queimaduras grave, de segundo e terceiro grau. A pesquisa tornou-se referência não só no Brasil, mas em todo o mundo.
Segundo a equipe, até o momento os animais têmrespondido bem ao tratamento (Foto: divulgação)
Nos Estados Unidos por exemplo, a técnica tem sido utilizada para queimaduras, porém em animais. Recentemente médicos-veterinários do California Department of Fish and Wildlife (CDFW), departamento responsável por administrar os recursos naturais da fauna e flora do Estado da Califórnia, usaram a pele de tilápia de forma experimental para o tratamento de queimaduras em animais.
O primeiro uso foi em leões resgatados após o “Thomas Fire”, incêndio de grandes proporções que atingiu o sul da Califórnia, em dezembro de 2017. A pele de tilápia esterilizada foi suturada na pata dos animais para cobrir o tecido queimado. Embora os leões possam tirar a pele de tilápia sobre o ferimento, os veterinários esperam que ela fique no lugar por tempo suficiente para acelerar o processo de cicatrização. Segundo a equipe, até o momento os animais têm respondido bem ao tratamento.
Segundo os pesquisadores da UFC, para o tratamento em humanos as vantagens do uso da pele tilápia são, principalmente, a redução da dor sentida com a constante troca dos curativos, redução do tempo de cicatrização das lesões, além de uma redução no custo do tratamento ambulatorial da ordem de 57%.
Em outubro de 2017 a pele de tilápia já havia sido aplicada em tratamento em crianças vítimas do incêndio em uma creche, em Minas Gerais.
Fonte: Aquaculture Brasil, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.