A vacinação dos pets é essencial para a saúde e para a prevenção de doenças. Um calendário de vacinas atualizado garante anticorpos que funcionam como protetores contra doenças, muitas vezes fatais, que os bichinhos podem ser expostos ao longo de suas vidas.
A médica veterinária Clínica Geral de Cães e Gatos no Veros Hospital Veterinário, Dra Camila Sanches, explica sobre os riscos, precauções e os melhores meios de garantir a qualidade de vida dos pets.
A vacinação em um grande número de indivíduos, promovendo a chamada “imunidade de rebanho” – que serve para cães e gatos –, impede que doenças contagiosas atinjam outros animais que, por algum motivo, não podem ser vacinados.
Quando o tutor escolhe não vacinar o seu pet, os riscos são incontáveis. “Ele fica vulnerável a contrair diversas doenças e, dependendo do caso, do microrganismo em questão e da imunidade do pet, pode evoluir para quadros graves e, muitas vezes, fatais”, conta Sanches.
Este é um risco que pode e deve ser evitado. E existem meios para isso. Hoje, o protocolo básico de vacinação para cães e gatos tem como obrigatórias as vacinas múltipla e antirrábica, mas as consultas periódicas são essenciais para entender quais outras vacinas e procedimentos são necessários para garantir a saúde dos pets.
“Para proteção além da vacinação, é importante se atentar ao tipo do microrganismo, individualidade do paciente e seu status de saúde desde o primeiro momento da consulta”, complementa a médica.
O esquema de vacinação personalizado para cada animal é responsabilidade do médico veterinário, assim, é possível obter a melhor resposta imunológica e a garantia de uma vida mais saudável.
As atuais vacinas disponíveis protegem os bichinhos de doenças como cinomose, parvovirose, hepatite infecciosa canina, parainfluenza, vírus da leucemia felina, raiva, gripe canina, leishmaniose, dentre muitas outras.
Hoje, o Brasil conta com as seguintes vacinas:
Para cães: Múltipla (Puppy, V7, V8 e V10), para leptospirose isolada, raiva, gripe canina, leishmaniose, giardíase, microsporum canis;
Para gatos: Múltipla (V4 e V5).
O calendário irá depender da região em que o pet vive, ou seja, da ocorrência de doenças endêmicas regionais e do seu estilo de vida. A partir dos 45 dias de vida, os pets já podem realizar sua primovacinação com a vacina múltipla. Porém, o ideal é que seja realizada a partir de 60 dias.
E os reforços acontecem a depender da vacina. A vacina múltipla, por exemplo, deve ter seus reforços dados a cada três semanas, com a última dose ocorrendo apenas quando o pet estiver com mais de 16 semanas de vida. Um novo reforço de múltipla deve ocorrer com no máximo um ano de idade e, depois, anualmente. A vacina antirrábica pode ser dada a partir do 4º mês de vida, idealmente, em dose única e depois anualmente.
Atualmente, a partir de dois anos de idade, recomenda-se a realização de sorologia vacinal para as três principais viroses em cães: cinomose, parvovirose e hepatite infecciosa. Para que, assim, seja possível validar a necessidade ou não do reforço anual da vacina múltipla (V7, V8 ou V10).
Para os pacientes que tiverem anticorpos suficientes, recomenda-se a não realização da vacina a depender do grau de sua exposição aos vírus em questão.
Ainda de acordo com a especialista, é necessário que o paciente esteja saudável para que ocorra boa produção de anticorpos em resposta à vacina e que não ocorra reversão de virulência. Pacientes em tratamento contínuo, a depender da medicação, e pets que possuem doenças que possam ser agravadas pela vacina, não podem ser vacinados. Porém, a principal preocupação é contar sempre com a avaliação do médico veterinário antes da aplicação da vacina.
Fonte: AI, adaptado pela equipe Cães e Gatos VET FOOD.
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