No Brasil, existem mais de 2 mil cães atuantes nessas áreas
Ágeis, habilidosos e versáteis, os cães de trabalho são bem conceituados no exercício de suas funções e, hoje, fazem parte do dia a dia de inúmeras organizações públicas e privadas ao redor do mundo.
Seja salvando vidas, combatendo o crime, ou inspirando pessoas, eles são exemplos de superação e disciplina e se tornaram parte importante da nossa sociedade. Apenas no Brasil, são mais de 2 mil cães de trabalho, somente no emprego policial.
O Exército Brasileiro possui 500 deles. A Marinha, Aeronáutica e Guarda Municipal 400. Nas Polícias Militares e Bombeiros Militares, são 600, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal somam um total de 200. Até nas penitenciárias brasileiras eles estão presentes: são 450, auxiliando policiais e agentes penitenciários nas revistas e contenções de rebeliões.
Mas como eles aprendem todas essas habilidades e disciplina? Os cães têm, naturalmente, uma sensibilidade olfativa muito maior que a dos humanos. São 80-220 milhões células olfativas, contra 2-10 milhões nos humanos, uma grande vantagem na hora de buscar drogas, pessoas desaparecidas entre outras atividades. Mas, além disso, é necessário estabelecer uma rotina de treinamentos diários, para potencializar suas habilidades. Ela compreende exercícios de condicionamento físico, o trabalho propriamente dito e brincadeiras, sempre com acompanhamento de seus condutores e pelo tempo adequado, garantindo o bem-estar dos animais.

Atividade compreende exercícios de condicionamento físico,o trabalho propriamente dito e brincadeiras (Foto: reprodução)
Algumas raças possuem mais aptidão para o trabalho, como é caso do Pastor Alemão, que, versátil e ágil, pode ser empregado em todas as funções de um cão de guarda e proteção, possui um excelente faro para drogas e também tem ótimo desempenho em trabalhos de cinoterapia (co-terapeutas). Outra raça apta é o Labrador, que possui faro aguçado na busca por armamentos, drogas, auxilia no resgate de vítimas de soterramento e é considerado muito efetivo na cinoterapia. A raça Blodhound é conhecida pelo rastreio fácil, excelente na função de localizar pessoas perdidas em matas e florestas, por meio de odores específicos, presente na vestimenta das vítimas.
Cuidados com a alimentação. Os cães de trabalho têm uma rotina bastante ativa. Por isso, além de uma nutrição de alta qualidade ser importante para a manutenção da sua saúde, suas exigências nutricionais são frequentemente maiores que a de cães de estimação. “O tipo de trabalho, intensidade, duração, condição corporal e temperatura ambiente são fatores que influenciam na dieta desses animais. A refeição para o cão de trabalho e atleta deve ser completa e balanceada, concentrada e de excelente digestão”, afirma a coordenadora de Comunicação Científica da Royal Canin (Descalvado/SP), Luciana Peruca.
Curiosidades e aposentadoria. Cães de trabalho já realizaram, dentro da Polícia Militar, detecção de células cancerígenas, por meio do odor específico da urina de pacientes positivos ao câncer de próstata. Eles também são capazes de avisar os cuidadores sobre ataques epiléticos em paciente. Em resumo, tudo o que apresenta odores característicos o cão é capaz de detectar em quantidade ínfimas.
A aposentadoria dos cães de trabalho se dá aos oito anos de idade, ou conforme orientação veterinária. Após esse período, o condutor cinófilo que por mais tempo trabalhou com o parceiro canino tem a prioridade para levá-lo para casa.
Fonte: AI, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.