A Austrália vive um dos piores incêndios florestais dos últimos anos, com focos que começaram em setembro do ano passado. O fenômeno é causado pela combinação de temperaturas superiores a 40 graus, pouca chuva e fortes ventos. As queimadas atingiram mais de 6,3 milhões de hectares de terras pelo País, uma área do tamanho da Áustria. Foram destruídos milhares de prédios e cidades ficaram sem eletricidade e sinal de telefonia móvel.
O governo australiano divulgou, durante os últimos dias, levantamentos de áreas afetadas, animais ameaçados e forças empregadas no combate aos incêndios. A Austrália vai destinar 2 bilhões de dólares australianos, cerca de R$ 5,6 bilhões, além das dezenas de milhões já prometidas, para a recuperação de áreas afetadas pelos incêndios, segundo o primeiro-ministro do País.
No levantamento mais recente, do dia 6 de janeiro, ao menos 25 pessoas morreram por causa do fogo, segundo a CNN; três destas mortes foram de bombeiros envolvidos no combate às chamas. Ao todo, segundo o governo australiano, 2.700 profissionais estiveram envolvidos nas ações de controle dos incêndios em um mesmo dia.
Ao menos 24 mil pessoas foram afetadas pelos cortes de energia por conta do impedimento na rede de transmissão, segundo a distribuidora de energia do estado de Nova Gales do Sul, um dos mais afetados pelos incêndios. O Estado de Victoria, um dos mais populosos do País e que abriga a cidade de Melbourne, registrou, ao menos, 39 focos de queimadas e 13 áreas em alerta.
No dia 4, a Austrália convocou 3 mil reservistas das Forças Armadas para combater os incêndios florestais que devastam o País. Ao menos 1.200 casas foram destruídas. As perdas no País já são estimadas em 375 milhões de dólares australianos (cerca de R$ 1,06 bilhão).
Vida selvagem. Um zoológico registrou mais de 90 mil atendimentos após incêndios florestais na Austrália. Segundo a CNN, ao menos 480 milhões de animais podem ter morrido apenas no território de Nova Gales do Sul. Especialistas alertam que este número é estimado, e pode estar muito aquém da realidade. Ao menos um terço da população de coalas deste Estado foram mortos, segundo um pronunciamento oficial da ministra australiana de Meio Ambiente, Sussan Ley.
Fonte: G1, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.