Cláudia Guimarães, da redação
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Com tantos anos de avanços na tecnologia dentro da Medicina Veterinária, hoje em dia, tutores e médicos-veterinários podem optar por tratamentos específicos e eficazes para prevenir doenças e não deixar os pets, já acometidos por alguma enfermidade, chegar ao óbito.
Um exemplo que prejudica os animais idosos são as doenças do coração. Para elas, hoje existem sofisticados aparelhos e sistemas capazes de diagnosticar anomalias em curto prazo, como os eletrocardiogramas desenvolvidos especialmente para a veterinária, facilitando, assim, resultados positivos no tratamento.
Existem também equipamentos portáteis com as mesmas funcionalidades dos criados anteriormente e que se encontram instalados em clínicas e hospitais veterinários. É comum o médico-veterinário realizar um exame na casa do paciente, como por exemplo, o ultrassom de abdome. Os aparelhos mais modernos contam com o auxílio de uma conexão wi-fi ou bluetooth e, assim, as imagens são transferidas diretamente para o prontuário eletrônico do animal.
Técnicas terapêuticas também evoluíram na Medicina Veterinária e este é o caso da eletroquimioterapia. O doutor Lluis Maria Mir, do Institute Gustave Roussy (Paris, França), foi precursor e idealizador da técnica, que começou a ser desenvolvida no início da década de 80.
O tratamento aplicado em cães e gatos é a combinação de duas técnicas: a quimioterapia, utilizada em tratamento de neoplasias tanto em animais quanto em humanos, e a eletroporação, que é quando uma célula é submetida a um campo elétrico específico. A principal vantagem da eletroquimioterapia é a rapidez do processo, além de ser, geralmente, pouco estressante apesar dolorosa. O tratamento limita os efeitos dos agentes neoplásicos ao local do tumor, mantendo a maior parte das células sadias preservadas.
Quem determina a utilização da eletroquimioterapia é o médico-veterinário especialista em oncologia veterinária, que resolverá em que contexto e de que maneira ela será benéfica para o pet em tratamento de câncer. Leia mais sobre as promessas da terapia na reportagem da edição de outubro, da Revista Cães&Gatos VET FOOD, aqui.
O diagnóstico pet à distância também é uma modalidade que vem ganhando espaço no setor veterinário, pois oferece atendimentos e serviços quando a distância e falta de um profissional capacitado são fatores críticos. A nova prática está dentro do conceito de telemedicina e é uma tendência capaz de trazer bons retornos aos profissionais e melhora no atendimento de pacientes.
Para evitar doenças sexualmente transmissíveis como a brucelose, TVT (tumor venéreo transmissível), acidentes e traumas aos animais, o progresso de estudos e tecnologia na Medicina Veterinária também são responsáveis pela inserção da inseminação artificial. Em cães, por exemplo, é uma ferramenta do melhoramento reprodutivo que aumenta até 90% da taxa de sucesso da fertilização. Outro fato que deve ser destacado é o número de transplantes de órgãos em animais, que vem crescendo significativamente. Isso ocorre graças à descoberta de novas técnicas e desenvolvimento de pesquisas que melhoram as condições e a segurança da imunossupressão (parte fundamental para um resultado satisfatório nesse procedimento).
Com tantas inovações tecnológicas, empresas do ramo pet também estão apostando em novas plataformas digitais para a fidelização de clientes. Já é possível encontrar no mercado sistemas que auxiliam os médicos-veterinários em sua rotina de trabalho, ao mesmo tempo em que os donos dos animais de companhia também são lembrados de itens como realizar nova aplicação de determinada vacina ou marcar uma visita à clínica.
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