Associação do Reino Unido foca na comunicação educacional sobre o tema
Cláudia Guimarães, da redação
claudia@ciasullieditores.com.br
Muitos são os estudos elaborados dentro da Medicina Veterinária. Assim é que novas opções terapêuticas para determinadas doenças são descobertas, bem como os benefícios de determinado tipo de alimentação para a saúde e bem-estar dos animais de companhia. Entre os assuntos de maiores debates nesse segmento está a dieta caseira crua.
Sobre isso, a médica-veterinária Bruna Fernandes Ferreira Seabra, lembra que, desde o início da alimentação natural, com o Dr Ian Billinghurst, nos anos 80, diversos pesquisadores da área tem se dedicado a decifrar os benefícios da alimentação natural e a convertê-los em informações com baseamento científico, para que este tipo de dieta possa ser reproduzida com segurança para animais e tutores.
“Livros baseados em experiência profissional e pesquisas científicas vêm sendo publicadas desde então, a fim de sanar questionamentos vindos de organizações sobre a saúde animal, como a World Small Animal Veterinary Association (WSAVA), Food and Drugs Administration (FDA), European Pet Food Industry Federation (FEDIAF) e National Research Council (NRC)”, menciona.
Neste processo, segundo a profissional, criou-se, inclusive, uma associação de médicos-veterinários com interesse em comum em alimentação natural crua (Raw Feeding Veterinary Society – RFVS). “O objetivo desse grupo é realizar pesquisas, debates e conferências anuais sobre o assunto. Como resultado, a RFVS publicou, em seu site, uma declaração resumida, baseada em pesquisas que apoiam a alimentação natural crua segura para cães e gatos, em resposta às principais preocupações a respeito dessa modalidade de dieta”, relata. Nesta publicação consta estudos científicos que respaldem o consumo da alimentação natural crua por cães e gatos.
Nesta publicação, há o seguinte trecho: “Como veterinários, é importante dar aos tutores estratégias de alimentação claras e práticas que podem ser seguidas em suas vidas ocupadas. Em um mundo biologicamente ideal, todos os carnívoros de caça seriam alimentados com presas vivas. Este é o padrão ouro. Claramente, isso é socialmente inaceitável, moralmente questionável e impraticável. Um espectro de alternativas menores está disponível, o que sempre será uma troca entre conveniência, crença, custo e praticidade […] A dieta padrão ouro é a mais próxima possível da dieta evolutiva de cães e gatos, é feita a partir de ossos carnudos crus congelados frescos, carnes, carnes de órgãos, frutas e legumes, minimamente processados por picada e congelamento. A dieta não contém suplementos sintéticos, aditivos ou conservantes”.