As vibrissas, também conhecidas como bigodes, são órgãos sensoriais especializados presentes em cães e gatos. Elas desempenham um papel fundamental na percepção sensorial e no comportamento desses animais, incluindo a percepção do ambiente, distâncias, detecção de movimento, percepção de texturas e comunicação não verbal.
Quem nos explica é a médica-veterinária anestesista e clínica no Hospital Veterinário Taquaral (Campinas/SP), Giovana de Albuquerque Catelano. Ela ainda revela que, embora as vibrissas sejam semelhantes em cães e gatos, existem diferenças anatômicas entre as duas espécies. “As vibrissas dos gatos são mais finas e longas do que as dos cães. Além disso, as vibrissas dos cães estão localizadas ao redor da boca e nariz, enquanto as dos gatos estão localizadas acima dos olhos, ao redor da boca e atrás das patas”, aponta.
Segundo a profissional, os gatos dependem mais das vibrissas do que os cães para a localização, noção de espaço e caça. “As vibrissas transmitem informações ao cérebro por meio de nervos sensoriais, permitindo que os animais criem uma imagem do ambiente”, explica.
Pode aparar os bigodes?
Giovana elucida que as vibrissas têm um ciclo de crescimento natural e podem cair e ser substituídas por novas. “No entanto, a perda excessiva de vibrissas pode ser um sinal de doença ou lesão. Se você, tutor, notar que as vibrissas do seu animal estão caindo, é importante consultar um veterinário para determinar a causa e receber orientações sobre o tratamento adequado”, salienta.
Do mesmo modo, aparar os bigodes dos pets pode trazer consequências negativas. “Cortar ou danificar as vibrissas pode prejudicar o animal, levando a dificuldades na detecção de obstáculos, perda da noção de espaço, dificuldade de caça, redução da percepção espacial, alteração no equilíbrio e orientação e, até mesmo, alterações de comportamento”, indica.
Ainda sobre o tópico, Giovana declara que o tempo de crescimento dos bigodes pode variar dependendo do animal e de fatores como idade, saúde, nutrição e genética. “No entanto, geralmente levam de dois a seis meses para atingirem seu comprimento máximo após queda ou cortes”.
Atenção, tutor!
Segundo Giovana, existem alguns sinais demonstrados por pets em decorrência da falta ou danos das vibrissas e eles incluem:
- Dificuldade na noção de espaço;
- Dificuldade para se orientar;
- Colisões frequentes;
- Dificuldade de caça e localização de brinquedos;
- Alteração comportamental.
“É importante lembrar que esses sinais são inespecíficos e podem ser causados por outras doenças. Portanto, é fundamental consultar um veterinário para realizar uma avaliação completa e determinar a origem dos sinais clínicos”, sublinha.
A veterinária ainda compartilha que existem alguns cuidados extras que os tutores podem realizar: não cortar ou arrancar as vibrissas, mantê-las limpas, evitar produtos que possam prejudicá-las, oferecer uma boa alimentação, monitorar a saúde do animal e proporcionar um ambiente seguro.
FAQ
Quais as funções das vibrissas dos pets?
Elas transmitem informações ao cérebro por meio de nervos sensoriais, permitindo que os animais criem uma imagem do ambiente.
Existem diferenças anatômicas entre as vibrissas de cães e de gatos?
As vibrissas dos gatos são mais finas e longas do que as dos cães. Além disso, as vibrissas dos cães estão localizadas ao redor da boca e nariz, enquanto as dos gatos estão localizadas acima dos olhos, ao redor da boca e atrás das patas.
Podemos cortar os bigodes dos pets?
Cortar ou danificar as vibrissas pode prejudicar o animal, levando a dificuldades na detecção de obstáculos, perda da noção de espaço, dificuldade de caça, redução da percepção espacial, alteração no equilíbrio e orientação e, até mesmo, alterações de comportamento.
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