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Boehringer Ingelheim orienta como proteger seu pet da gripe canina

Embora mais comum no inverno, a doença pode afetar os cães em qualquer estação. Entenda os riscos, formas de transmissão e como a vacinação é essencial para a prevenção
Por Sthefany Lara
gripe canina
Por Sthefany Lara

A gripe canina é uma preocupação dos tutores em dias mais frios, como no inverno. No entanto, eles devem ficar atentos, também, em outras épocas do ano e, até mesmo, nos dias mais quentes, como no verão, pois o animal pode também ficar gripado nesta estação, como explica a médica-veterinária e gerente Técnica de Pets da Boehringer Ingelheim,  Karin Botteon.

A gripe canina ou até mesmo “tosse dos canis”, como é chamada popularmente, pode ser causada por vírus e bactérias (Foto: reprodução)

“Embora a doença seja mais frequente durante os meses mais frios do ano, principalmente por fatores predisponentes como alta concentração dos animais em ambientes fechados e sem ventilação, é importante lembrar que os agentes causadores da ‘gripe canina’ são transmitidos por animais infectados, assim, mesmo no verão, ambientes com muitos animais, podem, sim, funcionar como um risco, caso haja um indivíduo contaminado no ambiente e este entre em contato com indivíduos suscetíveis”, diz.

Karin explica que a transmissão dos agentes causadores se dá, principalmente, pelo contato oronasal com animais infectados e por meio aerossóis (partículas dos vírus e/ou bactérias, que são excretados durante os quadros de espirros e tosse do animal contaminado). “Também é possível a transmissão por fômites, ou seja, por objetos (brinquedos, potes de água e comida, etc) e até pela roupa de pessoas que tiveram contato com animais infectados. Embora a maioria dos agentes não sobreviva muito tempo no ambiente, a presença de secreção nestes fômites pode preservar estes agentes por mais tempo, podendo contaminar animais suscetíveis que tenham contato com estas secreções contaminadas. Portanto, ambientes compartilhados podem, sim, ser um risco para a propagação dos agentes causadores”.

O calor influencia? 

Karin comenta que a gripe canina ou até mesmo “tosse dos canis”, como é chamada popularmente, pode ser causada por diversos agentes (vírus e bactérias) e, portanto, o seu nome mais correto é Complexo Respiratório Infeccioso Canino (CRIC) ou ainda Traqueobronquite infecciosa canina já que pode ter o envolvimento de diversos agentes.

Karin Botteon é médica-veterinária e gerente Técnica de Pets da Boehringer Ingelheim (Foto: divulgação)

“A influência da temperatura pode afetar a sobrevivência de alguns agentes causadores da CRIC, mas isso depende não somente da temperatura, mas, também, da umidade, do local onde se encontra este agente (secreção, solo, etc) e de suas características morfológicas”, afirma. Segundo ela, o vírus da cinomose, por exemplo, que também faz parte da lista de agentes potenciais causadores da CRIC, sobrevive pouco em temperaturas elevadas (cerca de uma hora a 37ºC e até três horas à 20ºC), mas podem sobreviver por semanas em temperaturas baixas (0 – 5ºC). “Já a Bordetella Bronchiseptica, por exemplo, é uma bactéria e é considerada o principal agente envolvido com a CRIC (‘gripe canina’) e pode sobreviver em secreções por apenas algumas horas no ambiente, mas por semanas em locais como lagos e áreas alagadas (em temperaturas entre 10 e 37ºC)”, explica.

Com esses dados, Karin menciona que não é possível afirmar se o calor auxilia na proliferação dos agentes (vírus ou bactérias), pois isto depende de muitos fatores. “A influência na prevalência da doença está muito mais relacionada com o contato com animais infectados e ao estilo de vida dos animais (alta concentração de cães, locais com baixa ventilação, etc), bem como seu status de proteção (se é vacinado ou não)”.

Animais que frequentam ambientes com alta concentração de cães, como creches, hotéis ou parque para cães, já que não é possível saber o histórico de todos os animais que ali frequentam, estão mais suscetíveis a contrair gripe canina no verão, segundo a médica-veterinária.

Sinais clínicos e como diferenciar 

De acordo com Karin, os principais sinais clínicos da CRIC são: tosse seca e alta, espirros, secreção nasal e, eventualmente, febre, diminuição do apetite e letargia. “Em casos graves, mais comuns em filhotes muito jovens ou em animais debilitados, pode evoluir para pneumonia que se manifesta também por cansaço e falta de ar (respiração mais rápida/ofegante)”.

A CRIC pode ser confundida com outras doenças respiratórias. Estão entre elas, segundo Karin: bronquite (que inclusive pode ter causas alérgicas), alterações anatômicas, como colapso de traqueia, que é uma condição comum em cães de raças pequenas, presença de corpo estranho em narina (folhas ou pequenos galhos que podem ser acidentalmente inalados pelo cão e se alocarem em trato respiratório), entre outras. “Portanto, para diferenciação, é necessário um bom exame clínico feito pelo médico-veterinário, saber o histórico do cão, status de vacinação e contato com outros animais. Muitas vezes, será necessário o uso de exames complementares como raio-X, exames específicos para identificação do agente como o uso de PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) para identificação genética do agente causador, entre outros exames na dependência da suspeita e da gravidade do quadro”, afirma.

Sinais de alerta 

Qualquer sinal respiratório deve ser considerado como um motivo para busca de auxílio veterinário, segundo Karin, não somente por conta de doenças infecciosas como aquelas causadas por agentes da CRIC, mas, também, porque há outros diferenciais para este tipo de sintoma. “Além disso, como a CRIC pode evoluir para sintomas mais graves, quanto mais cedo for identificada, melhor o prognóstico é mais efetivo será a intervenção terapêutica”.

Diagnóstico 

Para que o diagnóstico seja fechado, Karin afirma que ele deve incluir um bom exame clínico feito pelo médico-veterinário e uma história clínica detalhada com perguntas que incluam o estilo de vida, locais que o cão frequenta, se teve contato com outros cães, etc. “Os exames complementares que podem ser necessários incluem exames de sangue, tais como o hemograma, para avaliar o estado geral da saúde do cão, exames específicos para os agentes causadores, tais como o PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) para identificação genética do agente causador e, em caso de sinais respiratórios mais graves, pode ser considerado o uso de exames de imagem como o raio-X”, elenca.

Os principais sinais da gripe canina são: tosse seca e alta, espirros, secreção nasal e, eventualmente, febre, diminuição do apetite e letargia (Foto: reprodução)

Além dos mencionados acima, Karin complementa que os exames mais específicos, tais como broncoscopia com coleta de material por lavado bronquioalveolar (quando se coleta material do trato respiratório) ou até tomografia computadorizada, são reservados a casos crônicos que não respondem bem a terapia inicial ou quando há a desconfiança de que outras patologias podem estar envolvidas, tais como bronquite, câncer ou colapso de traqueia, por exemplo.

Tratamentos 

Depois de diagnosticado com a doença, Karin conta que o tratamento para a CRIC é de suporte, visto que a maioria dos agentes causadores são virais, ou seja, uso de antipiréticos no caso de febre, expectorantes (seja pela via oral ou por meio de nebulização) quando há muita secreção, repouso e quando necessário (em animais que estão com pouco apetite e não estão bebendo água ou desidratados) pode ser considerado o uso de fluidoterapia (soroterapia). “O uso de antibióticos é reservado para casos em que há agentes bacterianos envolvidos como a Bordetella bronchiseptica ou quando há um diagnóstico de pneumonia. Terapias adicionais como oxigenioterapia ou internação para tratamento intensivo e injetável podem ser necessárias em casos graves que cursem com pneumonia”, diz.

Segundo ela, o calor do verão não interfere com a recuperação. “Porém, deve ser considerado que o conforto térmico para os animais é tão importante quanto para seres humanos. Reservar um local fresco com boa ventilação e uma dieta equilibrada, palatável e água à vontade e fresca é sempre importante para uma boa recuperação”.

Vacinar sempre

Karin Botteon salienta que a vacinação contra a gripe canina é eficaz. “As vacinas ajudam a proteger os cachorros contra a gripe, diminuindo a gravidade dos sintomas e a quantidade de vírus ou bactérias nos cães vacinados. É parecido com a vacina da gripe para humanos – mesmo vacinados, os cães podem pegar gripe, mas os sintomas são mais leves ou inexistem. As vacinas são especialmente importantes para prevenir infecções graves, como pneumonia, causada por agentes como a bactéria Bordetella bronchiseptica. Elas, geralmente, incluem o vírus da parainfluenza canina e a bactéria Bordetella bronchiseptica. Como o vírus da parainfluenza já está nas vacinas que os cães tomam anualmente, muitas vacinas contra a gripe canina contêm apenas Bordetella bronchiseptica”, pontua.

A vacinação é a principal forma de prevenção, reduzindo a gravidade dos sintomas e prevenindo complicações (Foto: reprodução)

Karin comenta que as vacinas podem ser aplicadas de três formas: pelo nariz, pela boca ou por injeção. “A melhor maneira de controlar a gripe canina é vacinar os cães, especialmente aqueles que convivem com muitos outros cães regularmente. Aqui, ressalto a vacina oral do nosso portfólio, a Recombitek Oral Bordetella, que vem com uma pipeta anatômica exclusiva que, além de proteger, garante o bem-estar do cachorro. Importante lembrar: a vacina contra cinomose, que faz parte das vacinas múltiplas, oferece proteção completa. Um cão vacinado fica totalmente protegido contra a infecção e não desenvolve a doença”, diz.

Ainda sobre a vacinação, Karin diz que ela é considerada a medida mais efetiva para se evitar problemas com a “gripe canina”. “Mas o manejo ambiental com uma desinfecção adequada das áreas comuns e de brinquedos e potes de água em locais como creches e hotéis é também muito importante. Evitar, sempre que possível, o contato com cães de origem desconhecida também é uma medida válida de prevenção. 

A Boehringer Ingelheim conta com uma extensa linha de produtos biológicos para cães. Além das vacinas múltiplas para cães (Recombitek® Max, Recombitek® C6Cv e Recombitek® C4Cv) que contêm na sua composição o vírus da cinomose e vacina antirrabica Rabisin-i®, há ainda a vacina específica contra a traqueobronquite infecciosa canina causada pela bactéria Bordetella bronchiseptica, a Recombitek® Oral Bordetella, que é uma vacina com um importante diferencial pois é administrada pela via oral com um aplicador exclusivo, é fácil de ser administrada pelo médico-veterinário e por ser oral não causa estresse ou desconforto no cão. 

“A imunidade já adquirida em até sete dias após a administração, podendo ser administrada em cães saudáveis a partir de oito semanas de idade e em dose única. Os reforços devem ser anuais”, diz.

De acordo com Karin, os médicos-veterinários devem, por meio de um bom histórico clínico e exame físico, traçar o perfil de risco para o cão e, a partir daí, fazer a recomendação de um protocolo vacinal individualizado. “Importante mencionar que, atualmente, se recomenda que os cães tenham uma boa socialização tanto com outros cães quanto com pessoas e pensando nisso, o contato com outros cães é comum, seja em creches, hotéis ou em parques que contam com áreas específicas para cães, portanto a vacinação contra a ‘gripe canina’ acaba sendo bastante recomendada”, diz.

“O complexo respiratório infeccioso canino (CRIC) ou popularmente ‘gripe canina’ é com certeza um quadro respiratório comum em cães, e, mesmo diante da disponibilidade e do uso de protocolos vacinais variáveis e diversos, contendo um ou vários agentes que podem compor a doença, locais com alta concentração ou circulação de cães são considerados de alto risco, incluindo clínicas veterinárias e petshops. Assim, devido à natureza altamente contagiosa destes agentes, um programa adequado de manejo e prevenção integrados é fundamental para o controle da CRIC e diminuição dos riscos de surtos na população canina”, conclui.

FAQ

A gripe canina pode ocorrer no verão?
Sim, a gripe canina pode ocorrer em qualquer época do ano. Embora seja mais comum no inverno devido à maior concentração de cães em locais fechados, o contato com animais infectados em ambientes como creches, hotéis para pets e parques pode facilitar a transmissão também no verão.

Quais são os principais sintomas da gripe canina?
Os sintomas incluem tosse seca e alta, espirros, secreção nasal, febre, letargia e perda de apetite. Em casos mais graves, especialmente em filhotes ou cães debilitados, a doença pode evoluir para pneumonia, causando dificuldade respiratória.

Como prevenir a gripe canina?
A vacinação é a principal forma de prevenção, reduzindo a gravidade dos sintomas e prevenindo complicações. Além disso, é importante evitar o contato com cães de origem desconhecida, manter ambientes ventilados e higienizar brinquedos e utensílios compartilhados por vários cães.

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