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Clínica e Nutrição

CÂNCER DE PRÓSTATA DEMANDA ATENÇÃO MINUCIOSA AOS ANIMAIS

Por Equipe Cães&Gatos
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Por Equipe Cães&Gatos

Wellington Torres, em casa

wellington@ciasullieditores.com.br

O câncer de próstata é um grave problema de saúde que, ao contrário do que muitos tutores podem pensar, também acomete os animais de companhia e, na maioria das vezes, é fatal. Pensando na importância de falar sobre o tema, principalmente hoje (17), o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata, ofertamos algumas informações disponibilizadas por especialistas na área.

De acordo com o médico-veterinário e presidente da Comissão Técnica de Clínicos de Pequenos Animais, do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP), Rodrigo Mainardi, o câncer de próstata é uma doença silenciosa, o que dificulta, e muito, o diagnóstico e tratamento precoces.

“A enfermidade pode se manifestar apenas na dificuldade do animal para urinar, com frequência, não observada pelo tutor, que acabará não reportando o sintoma ao médico-veterinário”, contou o profissional, em texto publicado pelo próprio Conselho. Segundo o CRMV-SP, a incidência de câncer de próstata em cães com mais de sete anos de idade, por exemplo, é de, aproximadamente, 4%.

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O câncer de próstata é uma doença silenciosa,o que dificulta o diagnóstico (Foto: reprodução)

Além da idade avançada, uma questão que deve deixar o tutor atento, como aponta a médica-veterinária, especialista em oncologia, pela Anclivepa-SP, Daiane Duarte, é que o acometimento também pode ocorrer devido à predisposição genética, com dois tipos de tumores.

“O adenocarcinoma (tumor maligno de um epitélio glandular ou cuja forma se assemelha à de uma glândula) é o tipo mais tratado na rotina clínica, contudo, são os tumores prostáticos, localmente invasivos e que podem comprimir a região da uretra e do reto, que podem fazer com que o paciente apresente dificuldade para defecar ou urinar”, explica a especialista.

Ao ter em vista tais situações, Daiane Duarte afirma que a melhor forma de prevenir e, assim, ofertar qualidade de vida ao animal, é por meio da observação dos sintomas e exames prévios de rotina, como palpação retal, realização de raio-X e ultrassonografia.

“Atualmente, a tomografia computadorizada e ressonância auxiliam no diagnóstico e pesquisa de metástases e, há alguns anos no Brasil, contamos com o serviço de radioterapia, que é uma das formas de tratamento do câncer de próstata”, indica ela.

Além dos sinais apontados por Mainardi, do CRMV-SP, a médica-veterinária complementa que o “sangramento na urina (hematúria) e, até mesmo, dores de coluna, no caso de doença mais avançada, podem ser indícios de neoplasia prostática ou, até mesmo, hiperplasia prostática benigna”.

Ao que se refere aos cuidados pós-confirmação de quadro, Daiane informa que deve ser iniciada a pesquisa metástase, “por se tratar de um tumor localmente invasivo, podendo fazer metástase para os linfonodos regionais, uretra, bexiga, reto e, até mesmo, pelve e coluna”.

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Segundo a veterinária, a doença é menos frequente em gatos (Foto: reprodução

Segundo ela, a prostatectomia (retirada da próstata) é uma das formas de tratamento mais comuns e indicadas, seguida de quimioterapia e radioterapia. “Porém, o prognóstico é reservado, devido à agressividade na neoplasia, e o diagnóstico precoce é acompanhado de um melhor prognóstico”, indica a médica-veterinária.

Referente a algumas curiosidades, como a tratativa dada aos felinos e uma possível predisposição ligada às raças, a profissional ressalta que, no caso dos gatos diagnosticados com a doença, as indicações de tratamento são as mesmas, mas relembra: “A situação é menos frequente à espécie”. Sobre as raças, ela é pontual, onde finalizada contando que “não há confirmações de que o câncer de próstata esteja correlacionado a alguma raça específica”.