As mulheres na Medicina Veterinária já são maiores há muitos anos. Os números, quando somados aos de estudantes, chega a 80% de predominância feminina. No entanto, os cargos de liderança no setor ainda são ocupados, em sua maioria, por homens, como aponta o presidente e fundador da Iniciativa de Desenvolvimento de Liderança Veterinária de Mulheres, Douglas Aspros.
Uma das explicações para essa desigualdade na hierarquia, segundo o especialista, vem do esteriótipo. Para Aspros, a mulher é vista como agressiva quando ocupada a liderança. “Se queremos construir uma profissão forte, com práticas fortes, e uma indústria forte, temos que nos preparar, aceitar e promover as mulheres em posições de liderança para que tenhamos uma organização forte”, ressalta o médico-veterinário.
“Se queremos construir uma profissão forte, temos que nos preparar,aceitar e promover as mulheres em posições de liderançapara que tenhamos uma organização também forte”,afirma Aspros (Foto: reprodução)
O envolvimento de Aspros na causa tem uma motivação que vem de sua própria casa: a mãe do especialista é engenheira mecânica. “A ideia de que as mulheres não pertencem às profissões de Ciências, Tecnologia e Engenharia nunca me ocorreu”, salienta. Para mudar esse cenário, o especialista pontua que é necessário mudar a educação.
“Se somos homens, e líderes, somos responsáveis pelo sucesso da nossa organização. Seja ela qual for. Não a conseguimos tornar bem-sucedida se não promovermos as mulheres para posições executivas onde as decisões estratégicas são tomadas. Estaremos a perder talento, engenho e energia”, completa Aspros.
Fonte: Veterinária Atual, adaptado pela Cães&Gatos.