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Inovação e Mercado

CBNA PET TRAZ DEBATES SOBRE MERCADO DE NUTRIÇÃO EM SEGUNDO DIA DE EVENTO

Por Equipe Cães&Gatos
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Por Equipe Cães&Gatos

Cláudia Guimarães, de Campinas (SP)

claudia@ciasullieditores.com.br

Oferecer debates e discussões sobre alimentação de cães e gatos e tudo o que gira em torno deste setor, além de proporcionar troca de conhecimento sobre pet food são alguns dos principais objetivos do XVI Congresso CBNA Pet, que está na ativa desde ontem (10) e hoje, último dia de evento, também trouxe uma programação que vem chamando atenção dos participantes.

Para expandir o conhecimento de profissionais e estudantes de Medicina Veterinária presentes no encontro, o Colégio Brasileiro de Nutrição Animal (CBNA, Campinas/SP), convidou alguns profissionais nacionais e internacionais para apresentarem temas relevantes ao público.

É o caso da médica-veterinária pós-doutoranda na Universidade de São Paulo (USP, São Paulo/SP), Camila Elias, que abordou o tema “Metais pesados: ocorrem nos alimentos e que riscos oferecem?”. Segundo ela, metais pesados podem ser divididos como metais e semimetais com potencial tóxico para humanos, animais e meio ambiente, mesmo em baixas concentrações. Eles podem ser de origem natural e é encontrado na crosta terrestre e em atividade vulcânica. Camila conta que são introduzidos por meio de inalação, ingestão de água e por alimentos consumidos. “A presença em alimentos depende de fatores como exposição a fertilizantes, local de origem e composição do solo, que é considerado um depósito de metais pesados”, explana a palestrante.

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Camila Elias falou em “Metais pesados: ocorrem nos alimentos e que riscos oferecem?” (Foto: C&G VF)

Ainda nesta primeira palestra, a profissional afirmou que, metais pesados acima de determinados níveis, pode causar toxicidade aguda ou crônica. “O contato direto e a longo prazo com alguns metais e seus compostos pode resultar em alergias e até mesmo em câncer. A acumulação no organismo depende da biodisponibilidade do elemento. A bioacessibilidade é apenas uma parte da fração bioacessível, absorvida pelo organismo durante a digestão. Os alimentos são veículos de entrada desses elementos no organismo humano e animal”, frisa. Camila também acredita que é importante para o setor alimentar compreender o processo de acumulação e toxicidade. “Perante a legislação brasileira, os elementos considerados tóxicos são alumínio, arsênio, cromo, cobre, ferro, mercúrio, níquel, chumbo, zinco, entre entre outros”, acrescenta.

A segunda palestra do dia foi ministrada pelo colaborador da Diana Pet Food (Argentina), Juan Manoel Peralta, que iniciou sua apresentação fazendo um questionamento aos presentes: “Vocês acham que a palatabilidade é importante para o sucesso comercial da empresa?”. Em seguida, o profissional explicou que existem fatores relacionados ao processo de fabricação que podem possibilitar um controle para que a empresa tenha a certeza de que está oferecendo uma boa palatabilidade em seus produtos.

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Juan Peralta faz parte da equipe  Diana Pet Food e discorreu sobre palatabilizantes (Foto: C&G VF)

Peralta citou uma pesquisa sobre alimentos úmidos que foi realizada por meio de redes sociais, em 2016, pela empresa. “A palatabilidade já não é mais um conceito técnico, quem compra nossos produtos entende muito bem o que é palatável ou não”, alerta e esclarece que a palatabilidade é o atrativo que um alimento tem para um animal de estimação. “Por isso, devemos definir uma ferramenta de medição para alcançarmos bons resultados e isso se chama teste de palatabilidade”, explica. Ele também frisa que é preciso dividir a palatabilidade. Para a empresa Diana Pet Food, deve haver uma separação entre características físicas e químicas das características sensoriais, oferecidas pelos próprios animais. “A resposta de um animal é complexa, são organismos com sistemas nervosos tão complexos como os nossos e eles não tomam decisões que sejam fáceis de entender. Eles selecionam, aceitam, mastigam e digerem”, comenta. Cada uma dessas etapas citadas pelo profissional apresenta um peso: “O aroma é imprescindível para garantir a curiosidade do animal. A textura e a forma do alimento também são importantes, principalmente, para os gatos”, insere.

Além do CBNA Pet, há um evento paralelo ocorrendo no Centro de Convenções, do Expo Center Norte (Campinas/SP): a Feira Internacional da Agro Indústria (FIAI), organizada pela Editora Stilo (São Paulo/SP), que engloba temas como reciclagem animal, pet food, aqua feed e óleos e gorduras, que contou com 210 expositores, entre eles, se destacam empresas de alimentação e equipamentos para o mercado de pet food.

Ao longo do dia, você pôde conferir publicações realizadas direto do evento, em nossa página no Facebook. Em breve, reportagens sobre alguns temas abordados no segundo dia do XVI CBNA Pet serão disponibilizadas em nosso portal de notícias. É possível conferir a cobertura completa dos dois dias de congresso na edição de junho da C&G VF, em www.revistacaesegatos.com.br.

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