Como braço direito do médico-veterinário, ter uma formação que possibilite participar da rotina e saber quais papeis desempenhar é muito importante. Com isso, na busca por garantir uma melhor qualificação profissional ao auxiliar veterinário, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) definiu uma nova resolução para o curso.
De acordo com o médico-veterinário e assessor Técnico da Presidência do CFMV, Fernando Zacchi, a resolução foi criada por conta da proliferação de cursos livres de treinamento para auxiliares. “Percebemos que muitos deles sequer atendiam a formação mínima estabelecida pela Classificação Brasileira de Ocupações – CBO. Cursos com uma carga horária muito pequena, com conteúdos ministrados por profissionais sem a devida qualificação estavam colocando em risco a sociedade e os animais”.
Agora, todo curso voltado ao auxiliar deverá ter um médico-veterinário como responsável técnico e respeitar a lei que trata do uso de animais no ensino. Segundo Zacchi, o objetivo é diferenciar as instituições que buscam o aprimoramento profissional dentro dos aspectos éticos, daquelas que oferecem cursos sem maior preocupação com qualidade, possibilitando aos auxiliares formados um diferencial na hora da contratação.
O médico-veterinário é quem determinará a conduta a ser tomada, cabendo-lhe examinar o animal, diagnosticar a enfermidade e prescrever o tratamento adequado. “O auxiliar ajudará o veterinário nas tarefas cotidianas de um estabelecimento veterinário, sempre respeitando o disposto na nova resolução, que define os limites da atuação dos auxiliares de médico-veterinário”.
As funções do auxiliar são aferir temperatura, auxiliar na coleta de exames, fazer curativos já prescritos, realizar tricotomia e assepsia, preparar o animal e os instrumentos para procedimentos, administrar a higiene e a reposição de material, realizar cuidados gerais de limpeza, manutenção e esterilização de materiais e equipamentos.
Para a médica-veterinária, professora e responsável técnica pelo curso de Auxiliar Veterinário do Centro Profissionalizante do Segmento Pet (CPEA), Thais Frantz Velasco, o papel do auxiliar veterinário é exercer atividade de apoio, assistência e acompanhamento do médico-veterinário, pois este necessita de ajuda capacitada para auxiliá-lo. “Não é mais viável na rotina da clínica veterinária, que o veterinário peça ajuda para o recepcionista ou ao esteticista para conter um gato feroz, ou para aplicar medicamento, ou para monitorar um paciente no pós cirúrgico, sem que este ajudante saiba o que está fazendo e porque está fazendo. Um erro nesses casos pode colocar a vida ou a saúde do paciente em risco”, alerta.
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Fonte: Redação Cães&Gatos VET FOOD.