Conselho afirma que texto “Vacina em causa própria” é equivocado
A fim de responder uma matéria da Revista Piauí sobre a vacinação de Covid-19 para médicos-veterinários, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) divulgou uma nota. Segundo o CFMV, o texto “Vacina em causa própria”, publicado na quarta-feira (20), é equivocado.
A linha fina da matéria publicada aponta que “veterinário que comanda o Departamento de Imunização do Ministério da Saúde inclui a própria categoria na fila prioritária de vacinação contra a Covid-19”.
Dada a afirmação, o Conselho responde em nota que “por falta de informação, preconceito e pelo estigma de que o médico-veterinário é um profissional que cuida apenas da saúde dos animais, constantemente os Conselhos Federal e Regionais de Medicina Veterinária (CFMV e CRMVs) vêm a público prestar esclarecimentos sobre o amplo espectro de atuação do profissional, especialmente na área de saúde pública”.
Além disso, também esclarece que, “desde 1998, os médicos-veterinários são reconhecidos como profissionais de saúde, por meio da Resolução nº 287, do Conselho Nacional de Saúde (CNS), assim como outras 13 profissões, como assistentes sociais, biólogos, terapeutas ocupacionais e outras”.
“Em campanhas de imunização, como a da gripe, por exemplo, são grupos que estão na fila prioritária de vacinação pelo risco de infecção inerente à atuação. Mesmo com esse direito estabelecido em norma, os relatos que chegam ao CFMV é de que muitos médicos-veterinários não conseguem a vacinação”, ressalta a instituição.
Em convite e como exemplo da situação comentada, o Conselho pede para que sejam conferidos os comentários no repost que foi dado no Ministério da Saúde e no post do CFMV, ambos de março de 2020, e publicados meses antes de o médico-veterinário Lauricio Cruz ser nomeado para o Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde (DEIDT/MS), em agosto de 2020.
Ofícios. Anteriormente (leia aqui), o CFMV havia pautado, também em nota, que para a primeira fase de imunização, que tem seis milhões de vacinas disponíveis, sendo necessárias duas doses para completar o esquema vacinal, que o ministério priorizou os grupos segundo os critérios de exposição à infecção e de maiores riscos para agravamento e óbito pela doença. “Sendo assim, a recomendação é que os primeiros a receber a vacina sejam os profissionais da saúde da linha de frente, ou seja, que trabalham em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), prontos-socorros, ambulâncias, hospitais referenciados para a Covid-19, bem como equipes de vacinação que irão imunizar a população e os trabalhadores de instituições de acolhimento de idosos e jovens e adultos com deficiência. Em seguida, serão vacinados os demais trabalhadores de saúde, quando poderão ser vacinados os médicos-veterinários, sempre de acordo com especificidades e particularidades regionais”, relembra.
E por fim, como também explica o conselho, “o objetivo da troca de ofícios entre o CFMV e o Ministério da Saúde foi justamente identificar o momento e a forma correta de os profissionais procurarem os postos de vacinação, auxiliando na operacionalização da campanha, para que não haja mobilização de forma inoportuna, uma vez que já corriam informações paralelas e mobilização nas redes sociais”.
Fonte: A.I, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.