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Coleira antiparasitária é vital na prevenção da leishmaniose

“Agosto Verde” alerta sobre cuidados para controlar e também evitar a doença
Por Equipe Cães&Gatos
Por Equipe Cães&Gatos

Este mês é o Agosto Verde, dedicado a alertar sobre os cuidados para o controle e prevenção da leishmaniose. No entanto, antes mesmo desse período, que traz o tema em destaque, a doença já estava sendo falada, já que em julho a fabricação e venda da única vacina para a proteção da leishmaniose em cães foram suspensas. 

Esse assunto gerou muitas dúvidas aos tutores e profissionais do setor, deixando-os preocupados com a possibilidade de os pets ficarem suscetíveis à doença. No entanto, segundo a médica-veterinária e coordenadora Técnica Pet da MSD Saúde Animal, Kathia Almeida Soares, a principal forma de prevenção é a utilização de inseticida tópico com propriedade repelente, como o uso de coleira antiparasitária. 

A leishmaniose visceral é a segunda doença parasitária que mais mata pessoas no mundo. Doença infecciosa, zoonótica e causada pelo protozoário Leishmania infantum, é transmitida para animais e humanos principalmente através da picada de um flebótomo, que é um mosquito pequeno de hábito crepuscular e noturno.

Cachorrinho bonito amarelo dourado olhando para a câmera.
Leishmaniose visceral pode ocasionar diversas manifestações clínicas que podem ser confundidas com outras doenças (Foto: reprodução)

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) a doença possui ampla distribuição mundial, sendo que 90% dos casos estão concentrados em 5 países, estando o Brasil entre eles. A veterinária reforça que é essencial alertar os tutores e veterinários sobre a importância da prevenção e repassar as diretrizes dos consensos sobre o tema.

“De acordo com o Brasileish e o Leishvet, o método primário de prevenção da infecção por Leishmania infantum em cães é por meio do uso de inseticidas tópicos com propriedade repelente, como os produtos à base de piretróides sintéticos. A vacina é uma medida adicional indicada como forma de proteger os animais soronegativos. Contudo, é importante enfatizar que ela não substitui o uso dos inseticidas tópicos”, explica Kathia.

A veterinária ainda acrescenta que estudos de larga escala têm demonstrado a efetividade do uso de colares impregnados com inseticidas na prevenção e controle da leishmaniose visceral canina como medida de saúde pública no Brasil. 

No entanto, é importante estar atento na hora de escolher a coleira antiparasitária. Isso porque o tutor precisa entender se o produto que está utilizando tem, em sua formulação, componentes citados pelos especialistas no assunto e se a sua eficácia é comprovada.

Estudos de larga escala têm demonstrado a efetividade do uso de colares impregnados com inseticidas na prevenção e controle da leishmaniose visceral canina (Foto: reprodução)

Além disso, outras medidas preventivas são essenciais, como a limpeza da casa, que deve estar livre de matéria orgânica, pois é onde o mosquito transmissor se prolifera; utilização de telas de proteção, principalmente no local em que o pet mais fica; evitar passear com o cão ao entardecer e à noite, quando o mosquito transmissor é mais ativo, e seguir sempre as orientações do médico-veterinário, que é o profissional que vai fornecer todas as informações e cuidados que o tutor precisa para preservar a saúde do cão e de toda a família.

De acordo com a médica-veterinária, a leishmaniose visceral pode ocasionar diversas manifestações clínicas que podem ser confundidas com outras doenças, como: febre, aumento dos linfonodos, baço e fígado, anemia, emagrecimento, alterações dermatológicas, perda de sangue pelo nariz, dentre outros. 

Ao notar qualquer alteração em seu pet é importante levá-lo ao veterinário para que ele possa fazer o diagnóstico correto e orientar em relação aos cuidados.

Caso o teste seja positivo, não entre em pânico. Hoje existe a possibilidade de tratamento, que embora não promova a cura parasitológica pode amenizar as manifestações clínicas do paciente, possibilitando a ele viver com mais qualidade de vida, reduzindo também as chances de transmissão da enfermidade para outros animais e humanos.

De toda forma é muito importante alertarmos que a prevenção será sempre a melhor opção, uma vez que o tratamento não é curativo, mas prevenindo, evitamos que o animal passe por essa situação delicada, bem como que a família tenha o desgaste emocional, além dos custos.

Kathia deixa ainda uma dica sobre um produto do mercado. “A Scalibor, coleira antiparasitária produzida pela MSD Saúde Animal e que possui em sua composição a deltametrina 4% e é indicada para proteger os cães contra os vetores da leishmaniose. Os cães a partir de 3 meses de idade já podem utilizar a coleira e a recomendação é que sua troca seja feita a cada 4 meses. Além da eficácia, o bacana é que ela não tem cheiro e não é necessário retirá-la para dar banho no pet”, explica a profissional.

A coleira antiparasitária Scalibor foi incorporada em 2021 pelo Ministério da Saúde no Sistema Único de Saúde (SUS) como parte do processo nacional de controle da leishmaniose visceral. Cerca de 133 municípios prioritários, de 16 estados, classificados com transmissão alta, intensa e muito intensa, disponibilizam o produto.

Fonte: AI, adaptado pela equipe Cães e Gatos VET FOOD.

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