- PUBLICIDADE -
Pets e Curiosidades

Como escolher o tipo de guia ideal para cães?

Hoje, existe uma grande variedade de guias, coleiras e peitorais que podem ser utilizados com cães de diferentes raças e portes
Por Danielle Assis
coleira.jpg
Por Danielle Assis

Passear é uma atividade que deve fazer parte da rotina dos cães e auxilia na saúde mental e física. Contudo, é preciso que qualquer passeio fora de casa seja realizado com segurança e para isso existem as coleiras, peitorais e guias. Mas, como escolher corretamente a guia para os cachorros? 

A médica-veterinária pós-graduada em clínica de pequenos animais e pós-graduanda em comportamento animal, Luna Piffer Braga, comenta que, atualmente, há uma gama muito grande de coleiras, peitorais e guias para os pets. 

Atualmente, há uma gama muito grande de coleiras, peitorais e guias para os pets (Foto: reprodução)

“Esclarecendo as nomenclaturas, os colares ou coleiras são os equipamentos que utilizamos no pescoço dos animais, os peitorais são os que colocamos no tórax e as guias são os itens nos quais prendemos as coleiras ou peitorais e seguramos”, explica a profissional. 

Tipos de coleiras, peitorais e guias

Para fazer boas escolhas é preciso conhecer um pouco mais sobre esses produtos. De acordo com a doutora, hoje existem, basicamente, quatro tipos de coleiras, são eles: 

  • Tradicional: é o mais comum. Envolve o pescoço do cão e fica justo no diâmetro. Está disponível em diversos tamanhos, estampas e materiais; 
  • Cabresto: Envolve o pescoço e o focinho do animal, ajudando a impedir que ele puxe muito durante os passeios; 
  • Enforcador ou colar de elos: quando colocado se mantém mais largo no pescoço, mas conforme o cão se movimenta se torna mais justo e pressiona a região. Exige que o condutor tenha experiência e saiba como utilizá-lo adequadamente;
  • Prong: É similar ao colar de elos, porém possui pequenos ganchos sem pontas. Também exige conhecimento do condutor para um uso correto. 

Já o peitoral pode ser dividido em três opções. “O peitoral em H é o mais simples e prende no pescoço, tórax e cintura do animal. O peitoral americano, por sua vez, é colocado ao redor dos membros anteriores do cão e fica preso apenas no tórax, enquanto o peitoral antipuxão é preso no tórax do pet e tem o local onde prender a guia na lateral para melhorar o controle do animal”, cita a médica-veterinária. 

Com relação as guias, ela explica que existem quatro variações: 

  • Tradicional ou Padrão: São as mais básicas e comuns. Possuem formato e tamanho tradicionais; 
  • Guia unificada: Consiste em guia e colar em uma mesma estrutura, sem mudança no material ou separação; 
  • Guia longa: São modelos mais alongados, que proporcionam maior liberdade ao pet, mas requerem experiência do condutor para um uso seguro.
  • Guia retrátil: Permite que o condutor aumente ou diminua o comprimento acionando um botão. 

A guia retrátil permite que o condutor aumente ou diminua o comprimento acionando um botão (Foto: reprodução)

O que analisar para escolher uma guia para o cão?

Com tantas alternativas, definir qual é a melhor guia para os passeios com o cão pode ser um processo confuso. “Antes de comprar os equipamentos e acessórios para o pet o tutor deve considerar as particularidades e necessidades do animal em relação à espécie, raça e indivíduo. Também precisa avaliar quem da família vai passear com o cão e qual a sua familiaridade com o equipamento que será utilizado”, aconselha Braga. 

O conforto e a segurança são dois aspectos que devem ser levados em consideração. A profissional explica que é importante evitar peitorais e/ou coleiras, que fiquem frouxos e o animal consiga se soltar caso movimente o corpo ou a cabeça para trás. 

“Todos os equipamentos necessitam de fechos firmes e com travas de segurança. Um bom exemplo são as guias com fecho de mosquetão, que evitam a abertura com determinados movimentos do animal”, esclarece. 

Por mais que não exista diferença de indicação com relação as coleiras e peitorais conforme o peso e porte do cão, é preciso lembrar que se animais maiores estiverem com um equipamento inadequado podem puxar e até derrubar o tutor durante os passeios. 

“Partindo desse princípio, no geral, cães de porte médio e grande mais ativos, normalmente, se adaptam bem com as coleiras de pescoço e guias mais curtas. Já os cães de porte médio tranquilos e de pequeno porte não costumam ter problemas com os peitorais e guias um pouco mais longas”, relata a médica-veterinária, complementando que isso não é uma regra.

Com relação ao tamanho, ela afirma que, geralmente, na caixa ou rótulo do produto há as especificações e recomendações de uso conforme o porte e peso do pet. “Se conseguir levá-lo junto no momento da compra pode-se experimentar o item. Mas, caso não seja possível, indico medir o pescoço e o tórax do cão ou pesá-lo antes de adquirir o equipamento”.

Como adaptar o cão ao uso da guia? 

Nem todos os animais se sentem confortáveis logo que a guia é colocada. Por isso, a doutora recomenda que a adaptação deve ser gradual. De acordo com ela, ainda dentro de casa e nos momentos de interação, pode-se apresentar o equipamento para o pet sem colocá-lo. “Permita que ele cheire o item primeiro, depois coloque a guia no pet e a mantenha por alguns minutos para que se acostume com a textura e peso”, esclarece. 

Conforme o animal for se adaptando, é indicado aumentar o tempo de uso gradualmente até que não se incomode com o equipamento. 

“Após essa primeira adaptação, o tutor pode começar a segurar a guia e acompanhar o caminhar do pet. Por fim, deve-se ensiná-lo a acompanhar o tutor durante os passeios”, cita. 

Inclusive, Braga afirma que não existe uma idade específica para começar a acostumar o animal com as guias, coleiras e peitorais, sendo possível apresentar os equipamentos logo após a primeira adaptação do pet ao novo lar. 

Segurança em primeiro lugar 

Há três tipos de peitorais: em H, americano e antipuxão (Foto: reprodução)

Como esses equipamentos são utilizados durante os passeios, é fundamental que mantenham tanto o tutor, quanto o animal, seguros. 

De acordo com Luna, a respeito disso pode-se pontuar duas coisas. A primeira é em relação ao equipamento causar algum tipo de dano ao pet. Já a segunda está relacionada ao rompimento de fechos ou frouxidão da coleira/peitoral, possibilitando fugas e aumentando risco de atropelamento, brigas ou ataques.

“Esses dois pontos podem ser solucionados com facilidade. Para isso é preciso entender a funcionalidade do equipamento e aprender a utilizá-lo corretamente. Também é necessário priorizar produtos feitos com tecidos resistentes, tiras com ajustes e fechos que contenham travas de segurança”, esclarece.

Além disso, animais que costumam “puxar” muito durante os passeios podem prejudicar a segurança, pois em algumas situações chegam a arrastar o tutor. 

“Os puxões podem ocorrer por mais de um motivo, como uso inadequado do equipamento, erros de manejo e falhas na comunicação entre o tutor e o animal. Portanto, não vai ser um tipo de guia, peitoral ou coleira que irá facilitar ou dificultar o passeio com o cão, mas sim a maneira como o tutor apresenta e ambienta o seu pet ao equipamento e a rotina de atividades”, relata a profissional.

Ela comenta que nessas situações pode não existir um tipo de coleira ou guia mais ou menos indicado, sendo preciso avaliar cada caso em particular. “Mesmo assim, há alguns equipamentos que utilizamos especificamente para aqueles cães que mesmo com treinamento ainda puxam no passeio, como a coleira cabresto, também conhecida como gentle leader, ou o peitoral antipuxão”, finaliza.

FAQ

Como saber o tamanho da guia para cachorro?
Para saber o tamanho correto da guia deve-se medir o pescoço e o peitoral do animal e comparar com as especificações do fabricante. Também é interessante provar o equipamento no animal antes da compra para não ter problemas depois.

O enforcador é indicado para cães?
Por mais que tenha esse nome, o enforcador não enforca o animal. Na realidade esse tipo de coleira serve para realizar correções pontuais de comportamentos indesejados e cria apenas uma pequena pressão no pescoço do cão. Se usado da maneira correta, pode ser indicado.

Qual a guia mais segura para cachorro?
As guias mais seguras são as produzidas com materiais de qualidade e resistentes. Inclusive, as coleiras, guias e peitorais devem ter fechos firmes e travas de segurança que não se soltem durante os passeios.

LEIA TAMBÉM:

Vômito, diarreia e dor abdominal podem indicar gastroenterite em pets

Check-up veterinário é essencial para saúde e longevidade dos pets

Maio Amarelo destaca informações sobre prevenção e diagnóstico de doenças renais em cães e gatos


Compartilhe este artigo agora no

Siga a Cães&Gatos também no