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Destaques, Pets e Curiosidades

Como reconhecer medicamentos veterinários falsos?

Profissionais dão dicas para os tutores e destacam que um produto falsificado pode oferecer riscos à saúde dos pets
Por Cláudia Guimarães
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Por Cláudia Guimarães

A falsificação de produtos é uma prática ilegal que envolve a reprodução não autorizada, o que acaba enganando os consumidores ao fazê-los acreditar que estão adquirindo um item genuíno. Esta prática vem ganhando força, principalmente com o fácil acesso a sites de compras que, nem sempre, disponibilizam mercadorias originais e, infelizmente, vem atingindo o setor de medicamentos para animais de companhia.

Seresto é um produto que oferece longa proteção por até oito meses contra pulgas e carrapatos para cães e contra pulgas em gatos (Foto: divulgação)

A gerente de Marketing da Elanco Saúde Animal, Roberta Paiva, comenta que um produto da empresa que pode ser encontrado em versões falsificadas é a coleira antiparasitária Seresto. Trata-se de um produto que oferece longa proteção por até oito meses contra pulgas e carrapatos para cães e contra pulgas em gatos, com praticidade e segurança. “Ela tem um mecanismo de ação exclusivo e age liberando os princípios ativos em baixas doses controladas, de forma contínua, distribuindo-os pela pele, pelo e camada lipídica do pet. Isso significa que agem quando o parasita entra em contato com a superfície corporal do animal, sem que eles precisem picar para morrer, diminuindo, assim, o desconforto provocado pelas picadas, característica essa que faz de Seresto também uma forte aliada dos animais alérgicos”, descreve e adiciona: “Por isso, temos investido, continuamente, em alertar o consumidor sobre como adquiri-la de forma confiável e saber se o produto é original”.

A consultora Técnica da Elanco, Tatiana L. R. Pavan, menciona que é importante que o consumidor sempre cheque se o produto escolhido tem registro nos órgãos nacionais, como o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e, também, se é aprovado por outros órgãos regulatórios no mundo. “A coleira Seresto, por exemplo, passou por uma revisão plurianual feita pela Environmental Protection Agency (EPA), dos Estados Unidos, em conjunto com a FDA. Esse estudo constatou que o produto, aprovado para uso em mais de 80 países e com mais de 110 milhões de unidades vendidas em todo o mundo, mantém seu perfil de segurança, com evidências científicas robustas que demonstram sua eficácia e confiabilidade. Alguns sinais de alerta para produtos possivelmente falsificados são embalagens em língua estrangeira e preços muito baixos”, alerta.

Alguns tutores podem se enganar e comprar, erroneamente, produtos piratas, julgando
serem os verdadeiros (Foto: reprodução)

Protegendo a autenticidade

O digital Marketing para LATAM da Elanco, Brunno Mambro, afirma que a empresa tem trabalhado em algumas frentes de atuação, sempre pensando em como orientar melhor os tutores. “Trabalhamos com uma série de iniciativas visando a conscientização dos tutores, entre elas, posts em nosso perfil @elancopetsbr, uma página no site MeuPet dedicada ao tema, desenvolvimento de materiais como cartazes informativos para serem expostos pelas lojas, visando alertar os clientes sobre o risco de adquirir produtos falsificados; desenvolvimento de assets digitais, como banners e cards para uso pelos e-commerces; entre outras ações. “. “A Elanco conta, ainda, com um time de segurança global responsável pelo monitoramento, investigação e denúncia de irregularidades identificadas no ambiente on-line”, compartilha.

Atenção redobrada!

Os tutores querem sempre o melhor para os seus pets e sabem que adquirir produtos de qualidade é fundamental para garantir sua saúde e bem-estar, mas, como comentado por Roberta, as pessoas podem se enganar e comprar, erroneamente, produtos piratas, julgando serem os verdadeiros. “Por isso, estamos continuamente alertando os consumidores sobre a importância da aquisição em locais idôneos, como clínicas veterinárias, pet shops e lojas on-line regularizadas”, reitera.

Produtos falsificados podem representar uma grande ameaça à saúde dos pets e, em casos mais graves, até levá-los à morte (Foto: reprodução)

Segundo Tatiana,  “é fundamental que o consumidor olhe com atenção a embalagem do produto que adquiriu pela internet. A embalagem precisa estar em português: qualquer produto em outra língua ou sem embalagem é considerado suspeito e recomendamos optar por sua não utilização”, reforça.

Brunno acredita que é de grande importância que esse movimento de alerta ganhe força e seja realizado por toda a indústria, varejo e associações relacionadas à saúde animal. “Além disso, é preciso haver regulamentações para a comercialização de produtos on-line. Hoje, existem movimentos importantes por parte do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), que buscam atualizações dos decretos atuais com inclusão de penalidades e infrações para as comercializações irregulares e, também, limitação do comércio eletrônico às plataformas do segmento, como é feito com os medicamentos que são vendidos apenas pelas farmácias on-line”, indica.

Riscos aos pets

O gerente Técnico e de Marketing de animais de companhia da Vetoquinol, Jaime Dias, ressalta que produtos falsificados podem representar uma grande ameaça à saúde dos pets e, em casos mais graves, até levá-los à morte. “Para que um produto possa ser comercializado, ele passa por um rigoroso processo de validação e aprovação pelos órgãos responsáveis, onde são analisados fatores importantes como: qualidade, segurança e eficácia. Já o produto pirata não passa por esta avaliação, podendo ser produzido de forma não adequada com princípios ativos ilegais e tóxicos, diferente da formulação original, o que pode acarretar sérios prejuízos à saúde dos animais”, explica.

Por isso, Dias recomenda que os tutores devem estar atentos, primeiramente, em buscar junto ao médico-veterinário as necessidades da utilização de um determinado produto seguindo à risca a prescrição, além de estar atento quando for realizar a compra, como já mencionado anteriormente. “Solicite sempre a nota fiscal de compra e, em caso de dúvida, não utilize o produto”, sugere.