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Pets e Curiosidades

Como saber se meu gato está com sarna de ouvido?

Doença é causada pelo fungo Otodectes Cynotis e seus principais sintomas são coceira na região das orelhas, descamação, vermelhidão e edema
Por Danielle Assis
gato cinza coçando a orelha
Por Danielle Assis

Grande parte dos tutores de gatos já ouviram falar sobre a sarna de ouvido, também conhecida como otocaríase. Porém, por mais comum que seja essa doença, muitas vezes surge a dúvida se o animal pode ou não estar apresentando o problema.

A médica-veterinária pós-graduada em clínica médica de felinos e sócia proprietária do My Cat, consultório veterinário exclusivo para gatos, Nayara Cristina de Oliveira Fazolato, comenta que a sarna de ouvido nada mais é do que uma otite externa, causada pelo ácaro Otodectes Cynotis.

“Essa enfermidade pode passar entre os gatos, existindo a contaminação direta, ou seja, de felino para felino, ou indireta, através de objetos espalhados pelo ambiente. Em locais onde há uma super população de gatos o risco aumenta”, explica.

A profissional cita que os principais sinais clínicos desse tipo de sarna são coceira intensa na região das orelhas, descamação, edema e vermelhidão local. “Em casos severos pode ocorrer infecção bacteriana secundária, ulceras e até mesmo otohematoma devido ao prurido”, acrescenta.

Quais são as formas de diagnóstico da sarna de ouvido?

Para descobrir se realmente o gato está com sarna de ouvido é preciso buscar pela ajuda de um médico-veterinário, que irá examiná-lo.

“A forma mais rápida de chegar a um diagnóstico é através da inspeção com otoscópio, no qual visualizamos os ácaros se movimentando”, esclarece Nayara.

Ainda de acordo com ela, também é possível realizar exames adicionais, como citologia e parasitológico de cerúmen.

gato se coçando em frente a uma janela
Um dos sintomais mais comuns da sarna de ouvido é a coceira na região das orelhas (Foto: Reprodução)

Porém, quando essa técnica for utilizada é importante lacrar o material coletado, fazendo a sobreposição com lâminas, e fechar ao redor com durex ou outro material que seja possível vedar. “Isso é necessário pois o ácaro se movimenta e, caso a lâmina não esteja lacrada, ele pode “fugir””, pontua.

E o tratamento?

Segundo Fazolato, o tratamento da otocaríase, geralmente, é realizado associando um produto ceruminolítico para limpeza do pavilhão auricular e ouvidos e medicamentos.

“O ceruminolítico tem a finalidade de remover o excesso de cera. Já as medicações irão agir contra o ácaro que está causando a doença. Dentre os princípios ativos mais comuns estão Selamectina, Imidacloprida Moxidectina, Furalaner e Moxidectina”, comenta.

No entanto, a médica-veterinária relata que o tratamento costuma ser longo até que se garanta que o ácaro foi totalmente combatido, sendo necessário, pelo menos, 30 dias de acompanhamento.

Além disso, ela esclarece que a frequência da aplicação do ceruminolítico depende da necessidade de remoção do excesso de cerúmen, enquanto a frequência da aplicação dos medicamentos varia conforme o princípio ativo.

Como evitar a sarna de ouvido?

Por mais que a sarna de ouvido possa acometer gatos de qualquer idade, Fazolato relata que na sua rotina é mais comum observá-la em animais filhotes e jovens. Contudo, existem formas de preveni-la.

“Para evitar a contaminação pelos ácaros indico separar animais positivos de negativos, evitar aglomeração de felinos e manter uma higienização controlada do ambiente”, cita.

Além disso, para que não ocorram recidivas, a profissional indica realizar o tratamento da maneira adequada e fazer a limpeza ambiental a fim de eliminar os ácaros.

FAQ

O que causa a sarna de ouvido?

A sarna de ouvido é causada pelo ácaro Otodectes Cynotis.

Como os gatos se contaminam com a sarna de ouvido?

A sarna de ouvido pode ser transmitida através do contato direto entre gatos infectados ou por objetos espalhados pelo ambiente onde os felinos convivem.

Qual a medicação para tratar a sarna de ouvido?

Hoje existem diferentes medicamentos que podem ser utilizados para tratar a otocaríase. Para descobrir qual é o mais indicado deve-se consultar um médico-veterinário.

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