O atendimento ortopédico em animais não convencionais, como os coelhos, exige conhecimentos específicos que vão além das práticas comuns na Medicina Veterinária de cães e gatos. Considerando essas diferenças, trazemos uma visão detalhada sobre um dos problemas ortopédicos mais desafiadores nesses pequenos mamíferos: a fratura de fêmur — uma condição que, segundo especialistas, exige atenção redobrada de veterinários e tutores, desde o diagnóstico até a reabilitação.
De acordo com o médico-veterinário Dr. André Luiz Mota da Costa, da Clínica Veterinária Iguatemi (Sorocaba-SP), os sinais clínicos podem passar despercebidos inicialmente. “Como os coelhos apoiam os dois membros traseiros ao mesmo tempo, é comum que a fratura não seja percebida logo de início. Porém, muitos levantam o membro machucado ou evitam caminhar”, explica.
Para confirmar o diagnóstico, a radiografia é o exame mais indicado, por ser prática e eficaz. “Veterinários acostumados ao atendimento de coelhos conseguem identificar rapidamente suas particularidades anatômicas. A principal diferença está justamente na forma como abordamos esses pacientes lagomorfos”, comenta o especialista.