O mastocitoma é uma neoplasia que acomete os mastócitos, que são derivados de células tronco hematopoiéticas e estão quase sempre acompanhadas de eosinófilos. Morfologicamente, os mastócitos são alongados, se aderidos aos tecidos, e arredondados, se isolados.
Dentre as neoplasias cutâneas é a mais comum em cães, representando de 20,9% a 22,4%, tendo maior ocorrência em cães sem raça definida (SRD), e nas raças boxer, boston terrier, bulldog, labrador retriever, entre outras. É mais encontrado em animais acima de oito anos de idade e, quando em animais jovens, tem-se a apresentação de mastocitoma bem diferenciado.
Sua etiologia é pouco compreendida e sugere-se que haja envolvimento com inflamações crônicas, carcinógenos tópicos, fatores hereditários e infecções virais. Já o diagnóstico é estabelecido por meio de exames citológicos e histopatológicos associados aos sintomas clínicos, além de utilizar métodos para sua classificação, como os métodos de Patnaik e de Kiupel. Apesar das diferentes classificações histológicas e dos estágios clínicos da doença, todo mastocitoma deve ser considerado maligno, pois apresenta comportamento clínico variável e imprevisível.
Como tratamento, utiliza-se a excisão cirúrgica com margem de segurança, além da quimioterapia antineoplásica. A eletroquimioterapia, os inibidores dos receptores de tirosina quinase e o estadiamento clínico deverão ser considerados, de acordo com os fatores prognósticos.
Leia aqui o artigo completo, publicado na edição de novembro da C&G VF.
Fonte: Redação Cães&Gatos VET FOOD.