Muitos dos animais ameaçados de extinção podem desaparecer em 50 anos
Que a terra está muito diferente desde que os humanos modernos começaram a dividir o espaço com os animais que aqui habitavam, nós já sabemos. O que a ência mostrou agora é que para voltar o cenário, seriam necessários cinco milhões de anos.
A recuperação demorada não foi a única informação preocupante vinda do estudo publicado na revista científica PNAS por cientistas da Universidade de Aarhus, na Dinamarca. A pesquisa também mostra que muitos desses animais tendem a desaparecer nos próximos 50 anos.
As estimativas forma baseadas na ideia de que as pessoas arruinarão os habitats e acabarão com algumas espécies, o que fará com que a extinção caia. Se isso não ocorrer entre os próximos 100 anos, mais espécies provavelmente desaparecerão, causando uma maior perda de diversidade.
Nos próximos 100 anos, 99,9% das espécies criticamente ameaçadasno mundo serão extintas, segundo a União Internacionalpara a Conservação da Natureza (Foto: reprodução)
O estudo foi realizado a partir de um banco de dados que continha espécies de mamíferos existentes e outras já extintas em comparação com o número de seres humanos no planeta. Os pesquisadores, combinaram essa informação com outras que falavam sobre as extinções esperadas para os próximos 50 anos, além da simulação de quanto tempo levaria para sua recuperação.
“Agora vivemos em um mundo que está se tornando cada vez mais pobre de grandes espécies selvagens de mamíferos. Os poucos gigantes remanescentes, como rinocerontes e elefantes, correm o risco de serem eliminados muito rapidamente”, disse o coautor do estudo, Jens-Christian Svenning.
Os dados comprovam que a Terra poderia estar entrando em sua sexta extinção em massa. Das outras vezes cinco vezes que esse isso ocorreu, os desastres naturais foram os culpados.
Natureza sábia. De acordo com os pesquisadores, a evolução é o mecanismo de defesa do planeta, já que à medida que os habitats e climas mudam, algumas espécies morrem e outras surgem lentamente. Entretanto, esse processo é muito mais lento do que a rapidez da própria extinção.
A pesquisa, segundo os cientistas, também pode ser usada para descobrir quais espécies ameaçadas são únicas na evolução, o que ajudaria os conservacionistas a decidir onde concentrar seus esforços para evitar extinções mais devastadoras.
Fonte: Galileu, adaptado pela equipe Cães&Gatos.