Ontem, 27 de abril, foi comemorado o Dia Mundial da Medicina Veterinária, uma profissão cada vez mais essencial para o bem-estar não só dos animais, mas também dos humanos. O Brasil conta, atualmente, com mais de 257 mil médicos-veterinários, dos quais mais de 193 mil são atuantes na área, segundo o Conselho Federal de Medicina Veterinária. Isso equivale a praticamente um médico para cada 600 animais existentes no país.
Entretanto, mesmo com esse contingente, situações lamentáveis envolvendo os animais, sejam os ataques a pessoas ou como o que aconteceu nesta última semana, quando um cão foi deixado esquecido no compartimento de carga de uma aeronave durante um voo de mais de oito horas e acabou morrendo.
O coordenador do curso de Medicina Veterinária e da Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) da Uninter, Marivaldo da Silva Oliveira, destaca que iniciativas como a proposta pelo deputado Silas Câmara, que advoga pela obrigatoriedade de serviços veterinários e espaços de acolhimento para animais em aeroportos, portos e rodoviárias em todo o país, poderiam evitar tragédias como essa.
“Existem veterinários presentes em alguns aeroportos, mas sua função está mais voltada à identificação e fiscalização de produtos de origem animal. De acordo com o artigo 32 da Lei 9.605/1998, pets trancados em ambiente que os exponha a risco de vida pode ser considerado maus-tratos, podendo resultar em pena com detenção de três meses a um ano e multa”, afirma o coordenador.
Oliveira também enfatiza os riscos do estresse térmico em animais, como o caso do cão que faleceu no aeroporto, explicando que, quando a temperatura corporal ultrapassa os limites ideais, o organismo entra em colapso, podendo levar à morte.
Por isso, utilizar a tecnologia a favor da Medicina Veterinária é um dos grandes desafios do setor. Segundo o CFMV, é possível, hoje, utilizar sensores inteligentes para monitorar a saúde e o comportamento dos animais, permitindo intervenções precoces e garantindo um ambiente mais saudável.
Outra ferramenta é a realidade virtual e aumentada aplicada no treinamento de médicos-veterinários e na simulação de ambientes para reduzir o estresse dos animais durante procedimentos médicos. Por meio de análises genéticas e de dados individuais, é possível desenvolver dietas personalizadas para maximizar o bem-estar e o desempenho dos animais.
Em prol da profissão
Para tornar a educação em Medicina Veterinária mais acessível, a Uninter inaugura, em 2025, sua Clínica-Escola Veterinária (CEVET), que oferecerá atendimento à comunidade a preços acessíveis, beneficiando os tutores de baixa renda, proporcionando aos alunos a prática efetiva e uma rotina de contato com tutores que, em breve, será a realidade no mercado de trabalho.
Além disso, em 2024 os alunos terão a oportunidade de participar de visitas técnicas, como a 46ª Expointer, onde poderão expandir seus conhecimentos e estabelecer contatos para futuras possibilidades.
Fonte: Uninter, adaptado pela equipe Cães e Gatos.
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