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Doença hepática em pets apresenta desafios para diagnósticos e tratamentos

Com sinais clínicos inespecíficos e evolução silenciosa, as hepatopatias em cães e gatos exigem atenção redobrada do médico-veterinário
Por Equipe Cães&Gatos
Doença hepática em pets apresentam desafios para diagnósticos e tratamentos
Por Equipe Cães&Gatos

Pets podem apresentar doenças hepáticas e, para que isso não seja um pesadelo para os médicos-veterinários  que recebem esses pacientes em suas clínicas, a revista Cães e Gatos conversou a médica-veterinária do Centro Veterinário Pet Care Jardins, com especialização em Gastroenterologia, Fernanda Torres Marchiori.

Fernanda explica que os sinais clínicos mais comuns de doenças hepáticas em cães e gatos que o médico-veterinário pode identificar são geralmente inespecíficos e incluem hiporexia ou anorexia, perda de peso, prostração, vômito, diarreia, poliúria e polidipsia. “Outros sinais que podem ser observados e, muitas vezes, relacionados a quadros mais graves são: mucosas ictéricas, aumento de volume abdominal devido ascite, distúrbios hemorrágicos e alterações neurológicas. É importante ressaltar que, muitas vezes, os animais podem ser assintomáticos. Como os sinais clínicos são inespecíficos, é necessário a realização de exames laboratoriais e de imagem para a diferenciação de outras doenças”, comenta. 

Os tutores precisam ficar atentos aos sinais e sintomas de doenças hepáticas (Foto: Reprodução)

Para se “bater o martelo” de que o que o pet tem é doença hepática ou para conseguir um diagnóstico precoce, o médico-veterinário deve realizar alguns exames: “Para o diagnóstico precoce das hepatopatias, é fundamental a realização de exames laboratoriais que avaliem a presença de lesão hepatocelular em conjunto com exames que avaliem a função hepática. Para avaliação de lesão hepatocelular, utilizamos a mensuração de enzimas hepáticas. Dentre elas, a ALT costuma ser o parâmetro mais precoce e fidedigno”, afirma.

Segundo ela, a AST pode também ser utilizada e, apesar de não ser tão específica (pois está presente em outros tecidos também), quando seu aumento está relacionado com o fígado, geralmente indica lesões mais graves. Além disso, temos a fosfatase alcalina e GGT que são indicadas para avaliação de colestase e distúrbios da vesícula biliar”, aponta. 

Fernanda afirma que é importante ressaltar que a elevação das enzimas hepáticas nem sempre está associada à perda funcional do fígado. “Por esse motivo, é recomendado a realização de exames complementares que avaliem a função hepática, como bilirrubinas totais e frações, albumina, ácidos biliares, colesterol, glicemia, tempos de coagulação e amônia, sendo este último especialmente indicado em casos com suspeita de encefalopatia hepática”, diz.

Confira a matéria completa na edição de Fevereiro da Revista Cães e Gatos neste link.

FAQ

Quais os sinais clínicos mais comuns?

Os sinais clínicos mais comuns de doenças hepáticas em cães e gatos que o médico-veterinário pode identificar são geralmente inespecíficos e incluem hiporexia ou anorexia, perda de peso, prostração, vômito, diarreia, poliúria e polidipsia.

O diagnóstico das doenças hepáticas é feita de maneira clínica?

Para o diagnóstico precoce das hepatopatias, é fundamental a realização de exames laboratoriais que avaliem a presença de lesão hepatocelular em conjunto com exames que avaliem a função hepática

Apenas um exame é necessário?

É recomendado a realização de exames complementares que avaliem a função hepática, como bilirrubinas totais e frações, albumina, ácidos biliares, colesterol, glicemia, tempos de coagulação e amônia, sendo este último especialmente indicado em casos com suspeita de encefalopatia hepática.

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